Ministra da Agricultura critica Gisele Bündchen por fala sobre preservação

Ministra da Agricultura critica Gisele Bündchen por fala sobre preservação

"Podia ser embaixadora do Brasil para mostrar que produzimos alimentos para o mundo preservando a natureza", ironizou Tereza Cristina, no Twitter

Tereza Cristina e Gisele Bundchen
Montagem: Canal Rural

O posicionamento de alguns artistas brasileiros sobre o agronegócio gerou uma crítica severa por parte da atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Nesta segunda-feira, dia 14, em entrevista à Rádio Jovem Pan, ela disse que “é um absurdo o que fazem hoje com a imagem do Brasil”. No centro de seus comentários esteve a modelo Gisele Bündchen.

Em novembro, enquanto se discutia a estrutura ministerial do governo de Jair Bolsonaro e a possível fusão entre as pastas da Agricultura e Meio Ambiente, Gisele publicou em suas redes sociais uma carta aberta ao então presidente eleito. Nele, a famosa pedia que não fosse permitido “um retrocesso de décadas de luta pelas florestas brasileiras”.

Durante a entrevista, Tereza Cristina alfinetou a modelo. “Você deveria ser nossa embaixadora e dizer que seu país preserva, está na vanguarda do mundo na preservação, e não meter o pau no Brasil sem conhecimento de causa”, diz. No Twitter, a ministra chegou a ironizar dizendo que Gisele receberia um convite da pasta.

Impacto dos influenciadores

Em meados do ano passado, durante a discussão do Projeto de Lei (PL) 6299 de 2002, na Câmara dos Deputados, que alterava pontos relacionados à liberação de defensivos, famosos protestaram no Instagram e criaram a #ChegaDeAgrotóxicos.

“A Bancada Ruralista tenta aprovar a todo custo a PL do Veneno (PL) 6299/2002”, publicou a apresentadora de programa de culinária Bela Gil. Naquele momento, Tereza Cristina presidia a Frente Parlamentar da Agricultura.

Não demorou para que produtores de todo o país enviassem mensagens rebatendo os comentários que, segundo eles, vinham de pessoas sem conhecimento do tema. “Sem agrotóxicos, vai faltar alimento”, disse Aloísio Pacelli, de Manhuaçu (MG), na época.

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