O dólar comercial fechou em leve alta de 0,07% no mercado à vista, cotado a R$ 4,1050 para venda, em sessão em que a moeda oscilou sem rumo definido acompanhando o noticiário político local, do exterior e, ainda, com o leilão de linha – venda de dólar com compromisso de notíciarecompra – do Banco Central (BC) com a oferta de US$ 1,25 bilhão.
Para o diretor da Correparti, Ricardo Gomes, o resultado do dólar foi apoiado na “persistente ausência de entendimento entre governo e legislativo na questão reforma da Previdência”. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre os rumores de que parlamentares estejam preparando uma nova reforma. “Se a Câmara e o Senado têm proposta melhor, que ponham em votação”, disse em evento no Rio de Janeiro.
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“A Previdência precisa de coordenação. Falta justamente uma boa coordenação para conseguir juntar os votos necessários e aprovar a reforma. A gente não vê Bolsonaro e Maia [ presidente da Câmara dos Deputados] juntos para conseguir apoio e aprovar o texto”, pondera o estrategista-chefe de um banco estrangeiro.
Em meio às incertezas no cenário externo e na política local, além da agenda de indicadores esvaziada, os analistas comentam que a moeda tende a se manter neste patamar, com espaço para buscar “novas altas” ao longo da semana. “É preciso acompanhar lá fora, mas é uma semana bastante pessimista. O cenário não deve melhorar nos próximos pregões”, comenta economista-chefe do Ourinvest, Fernanda Consorte.