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Só dirigir não basta: transportador deve garantir o bem-estar dos suínos

Trabalho inclui preencher documentações obrigatórias por lei. Transporte é dividido em três fases e conta com motoristas exclusivos

Para manter o plantel livre de contaminações, no carregamento dos suínos tanto para as granjas quanto para os abatedouros continuam valendo todas as normas de biossegurança e bemestar. A mudança de ambiente deve ser planejada, documentada e executada pelos profissionais com esforço, paciência e dedicação para não estressar os animais. Veja os cuidados que devem ser tomados durante o procedimento.

Nota fiscal e GTA

O técnico agropecuário Gilmar Rodrigues explicou que a seleção de leitões é uma importante etapa que antecede o transporte. Os animais são classificados por tamanho, peso e sexo.  “Depois, é feito o preenchimento do romaneio que vai para a terminação e que ajuda o produtor a dar entrada nos animais na granja. Também preenchemos a nota fiscal e a GTA (Guia de Trânsito Animal), obedecendo aos trâmites legais. Todas as cargas saem conferidas e contadas”, disse. No transporte para a terminação, os animais são direcionados ao caminhão com a ajuda dos condutores e de outros funcionários. Na pesagem via balança rodoviária, o caminhoneiro deve estar com todos os documentos preparados para a entrega dos animais. “O objetivo do meu trabalho é garantir o bemestar e a segurança dos suínos até a chegada à próxima etapa”, diz o motorista Elisson Colis. 

Medidas sanitárias e amor pelo trabalho

“Em se tratando de carga viva, os motoristas são escolhidos à dedo e são treinados duas vezes por ano. Os profissionais devem conduzir com maestria e minimizar os impactos durante o trajeto, mas dirigir bem não basta. Eles devem conhecer as normas relacionadas ao bemestar animal e as regras sanitárias, além de amar o que fazem”, afirma o analista de transporte agropecuário Andelei da Silva. 

Experiência e conhecimento

De acordo com Andelei, o transporte dos suínos é dividido em três fases: do desmame, os leitões com 21 dias são transportados para as creches; depois, das creches para a terminação; e, por fim, da terminação para o abate. “Por questões de experiência e por questões sanitárias, os motoristas são exclusivos para cada uma das fases e se tornam especialistas no trabalho que desempenham. Os veículos contam com tecnologia embarcada para garantir o conforto dos animais, mas os cuidados dos profissionais é que determinam o sucesso da operação”, diz.