O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar a posição da China nas negociações comerciais. Pelo Twitter, o presidente norte-americano reclamou da dificuldade em fazer negócio com os chineses e ameaçou que se for reeleito em 2020, pode romper qualquer acordo com o país asiático.
A consultoria ARC Mercosul comenta que as afirmações de Trump já não repercutem tanto no mercado agrícola, que segue desacreditado. “Ele (Trump) é reativo e acaba perdendo credibilidade. A especulação já está cansada de ouvir o que ele fala, que nem sempre se realiza”, relata o analista de mercado Matheus Pereira.
Segundo ele, os chineses não realizaram nenhum tipo de compra recente de soja dos Estados Unidos, o que contradiz o que o mercado agrícola repercutiu nos últimos dias.
“Não observamos nenhum tipo de compra de soja norte- americana pela China nas últimas semanas. Há baixo interesse chinês pela soja americana. O que vai ser positivo para o Brasil no longo prazo, que pode registrar alta de prêmios”, afirma.
A expectativa da consultoria é que a guerra comercial continue pelos próximos meses ou até anos. No entanto, no curto prazo, o que também predomina é a falta de demanda da China pelo produto brasileiro. Isso porque o país asiático enfrenta um surto de peste suína africana, que dizimou rebanhos do país.
“A crise sanitária na China tem afetado o consumo da oleaginosa na Ásia. A procura pela soja deve voltar a ser reaquecida entre setembro e outubro, quando teremos uma reascensão de compra chinesa pelo produto brasileiro”, comenta.