O produtor de hortaliças está vivendo momentos melhores em comparação com os anos anteriores. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do tomate, batata, cenoura, cebola e alface estão mais altos, refletindo o menor investimento do setor e diminuição de área plantada, o que reduziu também a oferta dos produtos.
A pesquisadora da entidade Marina Marangon comenta que outro fator que contribuiu para a alta dos valores neste ano foram os problemas climáticos enfrentados no início de 2019, que reduziram uma produção já baixa e ajudaram a elevar os preços das hortaliças.
“O preço está bem melhor em relação aos últimos dois anos, principalmente em relação a 2017, quando a oferta do produto foi maior. Em 2018, os preços em alguns momentos ficaram abaixo do custo de produção, e como o produtor estava endividado, usou a renda extra para cobrir esses valores”, comenta.
Apesar da alta de preços registrada, os custos de produção também subiram, motivados pela alta do dólar. Os itens que mais impactaram o bolso do produtor rural foram fertilizantes e defensivos. Mesmo assim, Marina comenta que a conta final deve ser positiva, com boa rentabilidade.
“Entramos no momento de safra de inverno, onde a produtividade pode aumentar um pouco. Isso pode fazer com que os preços caiam em relação ao primeiro semestre, mas a expectativa ainda é de valores melhores. O volume produzido está menor e deve continuar. Com isso, a rentabilidade deve melhorar”, diz.