A greve de fiscais agropecuários no Rio Grande do Sul já dura dez dias. A categoria reclama do atraso salarial, que ocorre há 48 meses, e do pacote lançado pelo governador Eduardo Leite, que retira direitos e reduz a remuneração dos servidores públicos, como no caso do adicional por insalubridade, que passa de 40% para 5%.
O volume de abates no estado caiu quase pela metade desde o início da paralisação, com as emissões das Guias de Trânsito Animal (GTA) e inspeções dos animais sendo feitas de forma reduzida.
Para garantir os abates, frigoríficos têm buscado a Justiça, que através de liminares, obriga os fiscais a realizarem as inspeções.
O comentarista Miguel Daoud afirma que funcionários públicos não podem fazer greve total por ser inconstitucional, mas, por outro lado, o atraso no pagamento salarial também não deveria acontecer. Ele conclui que uma solução precisa ser dada sem que o país ou o estado sejam prejudicados.