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Embargo à China força frigoríficos a remanejarem escalas de abate

Os frigoríficos de maior porte ainda estão remanejando seus abates aguardando a suspensão do embargo voluntário em relação à China, situação que domina as atenções mercadológicas desde o início do mês.

O mercado físico de boi gordo apresentou preços mistos nas principais regiões de produção e comercialização do país na última semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, foi registrado um inexpressivo fluxo de negócios. “Os frigoríficos de maior porte ainda estão remanejando seus abates aguardando a suspensão do embargo voluntário em relação à China, situação que domina as atenções mercadológicas desde o início do mês”, disse Iglesias.

De acordo com a agência Safras, os frigoríficos ainda tentam realizar negociações abaixo da referência média, e esse movimento se consolida no Mato Grosso e em Goiás. Em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul o mercado até apresentou quedas nos últimos dias, mas ainda opera acima dos R$ 300 por arroba, com apenas negócios pontuais sendo realizados abaixo desse patamar nesses estados.

“Para o pecuarista o cenário ainda é complicado, avaliando os custos de nutrição animal bastante acentuados em 2021. Manter os animais confinados acaba por reduzir a margem operacional”, salientou o analista.

Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 23 de setembro:

* São Paulo (Capital) – R$ 305,00 a arroba, estável na comparação com 16 de setembro.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 302,00 a arroba, estável.

* Goiânia (Goiás) – R$ 290,00 a arroba, ante R$ 285,00, subindo 1,75%.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 302,00 a arroba, contra R$ 300,00 (-0,98%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 285,00 a arroba, inalterada.