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Matrizes de peru iniciam produção com 29 semanas, explica veterinária

Cuidados lembram o trabalho realizado nas granjas de galinhas, mas há peculiaridades, incluindo o manejo de controle de chocas

Nas granjas de matrizes de frango de corte, os galpões são rigidamente controlados: ração, água, temperatura adequada… O manejo está relacionado ao desempenho zootécnico das aves, e consequentemente, à produção de ovos férteis. Nas granjas de matrizes de peru, não é diferente. Para obter todo o potencial genético das peruas e alcançar bons resultados na produção, obedecer às técnicas de manejo é essencial. Já na chegada das matrizes ainda filhotes, tudo tem que estar funcionando perfeitamente bem para que elas se sintam em casa. 

O integrado Lírio Zenofir comentou os procedimento de recebimento das aves de um dia na granja de matrizes de peru. “Nosso préalojamento começa com a distribuição de maravalha dentro dos galpões. Em seguida, colocamos as lonas e formamos as pinteiras. Dispomos os bebedouro e os comedouros e instalamos as campânulas, que são ligadas com 24 horas de antecedência para aquecer o ambiente. Pouco antes do alojamento, organizamos os círculos onde iremos acomodar os peruzinhos”, explicou. Ainda de acordo com o integrado, a temperatura do galpão é um dos pontos mais importantes do processo. “Um de nós passa verificando a temperatura do ambiente e debaixo das campânulas, outros vão jogando um pouquinho de água, que é um atrativo para as matrizes ainda filhotes. Os animais são curiosos e vão ver o que é. Nas bandejas verdes, que são as dos ovos, jogamos um pouco de ração, também para estimular. Com isso, as aves vão comer e tomar água”, finalizou Lírio.

De acordo com a médica veterinária Herta da Silva, perus são aves mais rústicas, curiosas e que demandam alguns cuidados especiais. “O manejo lembra bastante o das galinhas, mas há peculiaridades. Precisamos cuidar para que não se amontoem e não machuquem umas às outros. São aves resistentes, mas mais sensíveis às doenças. A prevenção inclui o programa vacinal de imunização, que acontece na fase de recria e varia de acordo com as regiões de produção. Não podemos esquecer também dos outros procedimentos, como os cuidados na entrada das granjas e a desinfecção da matériaprima utilizada na cama”, disse Herta. 

Ainda de acordo com a veterinária, as peruas demandam um pouco mais de tempo até estarem prontas para iniciarem a produção de ovos. “Em médias, as peruas são transferidas da recria para a granja de produção de ovos com 29 ou 30 semanas. Cem por cento das aves devem ser inseminadas para que tenhamos ovos férteis, mas pode haver entre elas aves chocas, aquelas que param de produzir para poder chocar. A partir das duas primeiras semanas de produção, iniciamos um manejo de controle de choca”, finalizou Herta.