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Ovoscopia permite identificar ovos férteis e inférteis nos incubatórios

Graças à tecnologia, embriões que não se desenvolveram são analisados; processo auxilia na correção de eventuais falhas de manejo nas granjas

Ovos inférteis ou embrionados, aqueles em que os embriões morreram durante a incubação, são considerados potenciais contaminadores para ovos saudáveis. Por isso, precisam ser identificados e eliminados. A ovoscopia utiliza uma fonte de luz sobre os ovos para mostrar detalhes através da casca. São detectadas falhas de manejo e problemas precoces. Permite criar uma série de dados de referência nos incubatórios. Também possibilita estimar o percentual de pintinhos viáveis e aperfeiçoar o número de eclosões.

Mortalidade embrionária precoce

De acordo com o técnico agrícola Leandro Bonatti, hoje, a ovoscopia é indispensável em toda a cadeia de incubação. Ela é utilizada para identificar possíveis problemas no início do processo, como ovos inférteis e mortalidade. “Tudo começa na granja. Todo o manejo do produtor conta para a fertilidade. Precisamos avaliar como está seu lote. Nos incubatórios, é importante ter essas informações e acompanhar o armazenamento dos ovos dentro das salas para analisar uma mortalidade embrionária precoce. Assim, podemos dar um retorno ao produtor e orientar seu trabalho para que possa corrigir eventuais problemas de fertilidade que venham a surgir em seus prlantéis”, diz.

Leandro também explica como a ovoscopia inicial e as análises posteriores possibilitam identificar o percentual de ovos férteis e inférteis que são recebidos nos incubatórios. “Na ovoscopia, com a luz, na lâmpada, olhamos o desenvolvimento dos ovos que recebemos por volta do décimo dia de incubação. Podemos ver e identificar os ovos que estão férteis, com embriões vivos, e os que não estão. Retiramos os ovos, fazemos a análise com a quebra da casca e identificamos o problema. Observamos como está a distribuição dos vasos sanguíneos dentro dos ovos, como está o crescimento do embrião e se ele está tomando todo o ovo”, esclarece.  

Ovoscopia na seleção de ovos para produção de vacinas humanas

A tecnologia na ovoscopia também é importante na seleção dos ovos controlados que serão utilizados na produção de vacinas humanas. Os ovos são pesados e separados por categorias. Nem todos vão gerar embriões. Somente os ovos viáveis são enviados ao Instituto Butantã. Embriões mortos são removidos. “Antes de os ovos saírem da empresa, é feito um processo de ovoscopia em cem por cento deles. Retiramos todos os embriões inférteis, que não se desenvolveram ou que podem morrer durante o trajeto. Só enviamos os embriões viáveis, em torno de 88% a 90% do total de ovos que colocamos na máquina”, explica o biólogo Geraldo Cupertino Neto.

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