As vendas do milho segunda safra 2022/23 em Mato Grosso avançaram 4,91 pontos percentuais em abril no comparativo com março. Com isso, o estado atingiu 38,65% das 47 milhões de toneladas estimadas comercializadas. Apesar do avanço, as negociações seguem atrasadas em relação aos ciclos passados, o que eleva a preocupação quanto a armazenagem.
Ao se comparar com a safra 2021/22 observa-se um atraso de 19,21 pontos percentuais. Em abril do ano passado 57,86% da produção mato-grossense de milho havia sido travada antecipadamente pelos produtores, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No que tange a média dos últimos cinco anos, a mesma é de 66,63% para o período.
“Esse incremento [mensal] está atrelado ao interesse de alguns produtores em comercializar a sua safra, uma vez que as negociações estão atrasadas ante aos últimos anos e a colheita está se aproximando, o que eleva a preocupação com a armazenagem. Assim, o preço médio em abril de 2023 fechou em R$ 49,17 a saca”.
Recuo de preços afeta milho 2023/24
Assim como na safra 2022/23, a safra futura 2023/24 também segue com a comercialização impactada pelo recuo dos preços. Até abril 3,06% da produção havia sido comercializada. Um avanço, conforme o Imea, de apenas 0,55 ponto percentual ante março e um atraso de 6,37 pontos percentuais no comparativo com o período em 2022 para o atual ciclo.
“Esse menor interesse na comercialização da safra futura está atrelado ao recuo dos preços, além da preocupação dos produtores estar voltada para os negócios da safra 2022/23. Desta forma, a safra 2023/24 fechou o mês com 3,06% do total da produção negociada a um preço médio de R$ 41,68 a saca”.
Quanto à safra 2021/22, de acordo com o Imea, 98,89% do ciclo havia sido comercializado até abril.
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