Mato Grosso

Da transformação no campo à educação formal

Diretor-executivo do Senar-MT fala sobre as ações realizadas este ano, com superação de metas e iniciativa inédita na área da formação no ensino médio

A pandemia da Covid-19 represou muitas demandas do agronegócio nos últimos dois anos. Em 2022, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) iniciou com um desafio de acelerar o que ficou parado, realizando e superando metas. 

O Estúdio Rural desta semana recebe o diretor-executivo do Senar-MT, Carlos Augusto Zanata, mais conhecido como Guto Zanata, que conta sobre as expectativas superadas neste ano.

“Começamos o ano com a meta de realizar 10 mil treinamentos e o número máximo que já tínhamos feito foi em torno de 7,8 mil treinamentos. O Senar-MT se preparou, tivemos uma estruturação adequada para isso e aconteceu. Hoje, se acontecer como planejamos até o final do ano, nós vamos passar de 11 mil treinamentos”, afirma o diretor. 

Cursos com maiores demandas

Zanata explica que os cursos mais demandados são os de operação de maquinários de um modo geral, segurança no trabalho e o de vacinação de brucelose. 

“Desde a nossa parceria com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), conseguimos treinar em como manusear a vacina”, explica. 

ATeG e Centros de Treinamentos do Senar-MT

Outra meta existente no Senar-MT para 2022 era com relação ao programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). No começo do ano, a expectativa era de 5 mil propriedades assistidas pela ATeG. 

“No final de 2021, tínhamos em torno de 1,7 mil e agora estamos com cerca de 4,3 mil propriedades atendidas”, afirma o diretor-executivo. 

Essa ação se torna relevante por mostrar o trabalho do técnico de campo junto com o produtor, dentro da propriedade, trabalhando e levando soluções para um problema específico. “É uma consultoria particular de acordo com a realidade de cada produtor”, diz. 

Outras duas grandes ações realizadas por esse programa, que foram incorporadas este ano, são na parte de reprodutiva dos rebanhos: bovinocultura de leite e corte, a ATeG + Genética. São de três a quatro ciclos de diagnóstico e inseminação dos animais de acordo com a necessidade de cada região. Em algumas propriedades também é feita a estação de monta. 

“Os produtores estão muito satisfeitos e essa era uma necessidade que nós víamos nos produtores e estamos conseguindo atender”, conclui Zanata. 

Senar-MT inclui novas cadeias no portfólio da ATeG

A inserção de duas novas cadeias na ATeG, que para Mato Grosso parece uma novidade, já acontece no noroeste do estado. A cafeicultura e a cacauicultura, são novos setores que, de acordo com o diretor-executivo, podem vir a ser uma nova cadeia viável para o estado cresça mais. 

Outro ponto que superou as expectativas da instituição foi a evolução dos Centros de Treinamentos (CT’s). Em 2017 existiam dois centros que não tinham muita rotatividade de curso. 

Zanata revela que no momento em que os instrutores começaram a utilizar as máquinas e as vantagens de se ter elas num ambiente educacional e controlado, como são os centros de treinamentos, a instituição ampliou a quantidade de unidades educacionais e hoje são nove em funcionamento. A previsão é que em 2023 chegue a 11.

Parceria com Escola Agricola Ranchão 

O projeto da educação formal do Senar-MT tem parceria com a Escola Agricola Ranchão em Nova Mutum. O principal objetivo desse centro de treinamento é a reparação do técnico agrícola. 

“A parceria começou a tomar forma e desde então temos pessoas lá dentro conhecendo e fazendo a programação necessária para que em 2023 possamos assumir integralmente o rancho”, diz Zanata. 

Ele ainda afirma que terão máquinas com tecnologia, campos experimentais com a ideia e objetivo de fazer um crescimento com a educação formal para que os técnicos saiam sabendo abastecer o mercado para continuar ampliando essa ideia.

Perspectivas para 2023

O diretor-executivo do Senar-MT falou que para 2023 além de dar continuidade nos projetos já existentes, a expectativa é de que cresça em 40% as propriedades assistidas pela ATeG, chegando a 7 mil propriedades. “Vamos deixar isso acontecer naturalmente, para  que os cursos cresçam, focando na qualidade”, afirma Zanata.

 

Clique aqui, entre no grupo de WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real