A indústria produtora de etanol de milho FS, em Lucas do Rio Verde (MT), está investindo R$ 350 milhões em um sistema voltado para captura e estocagem de carbono. O sistema, pouco utilizado no mundo, é chamado de BECCS (Bioenergia com captura e estocagem de carbono).
O sistema BECCS consiste em capturar, comprimir e transportar o CO2 emitido pela fábrica de Lucas do Rio Verde da empresa até um local de armazenamento subterrâneo. O poço a ser perfurado na própria unidade industrial deverá ter dois quilômetros de profundidade.
Conforme a empresa, até 423 mil toneladas de CO2 e podem ser abastecidos anualmente após a conclusão do projeto.
“A razão da gente estar fazendo isso é porque a missão da FS é se tornar a empresa com maior combustível de pegada negativa do mundo. Isso tem a ver com sustentabilidade e com garantia de um planeta melhor para as novas gerações”, pontua Everson Medeiros, diretor industrial da FS.
Projeto do BECCS conta com quatro fases
Medeiros explica que o projeto foi divido em quatro fases. Até o momento cerca de R$ 40 milhões já foram investidos.
“Imaginamos que nos próximos meses nós vamos fazer a perfuração do poço experimental para garantir que as rochas, que imaginamos estarem aqui, possam comprovar a sua permeabilidade, para que numa fase quatro ser construída a unidade de compressão e depois a perfuração do poço definitivo”, explica.
A FS é a primeira usina do Brasil a produzir etanol 100% da partir do milho. Atualmente conta com duas plantas em operação, sendo uma em Lucas do Rio Verde e outra em Sorriso, e uma capacidade de produção de aproximadamente 1,4 bilhão de litros de etanol anidro por ano.
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