Mato Grosso

Produtores de leite buscam alternativas para nutrição do rebanho na estiagem

No interior de Mato Grosso, pecuaristas adotam estratégias para driblar os efeitos da seca, visando evitar queda na captação

A ausência de chuvas no município de Dom Aquino (MT) tem preocupado os produtores de leite. O prejuízo é grande para quem depende do pasto como fonte de alimentação do gado, uma vez que a pastagem não se desenvolve devido à estiagem. O episódio 51 do Patrulheiro Agro esteve na região para acompanhar alternativas que os pecuaristas têm usado para reforçar o manejo nutritivo dos animais. 

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Dom Aquino, Wildon Cardoso de Souza, algumas propriedades ainda tiveram chuvas com 60 milímetros em meados de agosto. Nos últimos dois anos, alguns locais tiveram menos de mil milímetros de chuvas no ano. 

“O pequeno produtor de modo geral, não tem uma assistência ou um fomento para que possa aplicar fontes alternativas de alimentação nesses períodos de estiagem. Eles são os que mais sofrem porque, se você não tem a pastagem, os animais irão produzir pouco”, explica Wildon. 

Novas alternativas

A pastagem bastante castigada pela seca e o custo de produção comprometem a rentabilidade dos produtores. Novas alternativas são buscadas para tentar garantir a produção média nas propriedades. A capineira, cultivada na época das águas, tem sido uma solução para driblar essa situação. 

O produtor Geovani Rodrigues de Souza, afirmou que a planta bem adubada produz até 200 toneladas por hectare na seca. “Com aproximadamente 70 dias, já pode cortar o capim e dar para o gado. É excelente”, explica.

Os produtores possuem o objetivo de garantir a produção de 80 litros de leite por dia. Thiago Fernando Miranda, explica que não tem outra solução caso o pecuarista não tenha outra forma de alimentar o gado. 

Na propriedade do Thiago Fernando Miranda, o rebanho conta com 40 animais e metade são vacas em lactação. Para garantir a produção diária de aproximadamente 500 litros de leite, o pecuarista planta milho para ajudar na alimentação do plantel. 

“Com esse tempo, não tem animal que aguente. A pessoa tem que se programar antes. Os que não tem como plantar milho, plantam cana-de-açúcar, capiaçu… O negócio tem que ter um volume na seca, não dá pra achar que o pasto vai salvar porque as alternativas são comidas de qualidade para ter alta produção na seca”, afirma Thiago. 

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