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SUSTENTABILIDADE

Controle biológico reduz em 80% o uso de defensivos agrícolas em viveiros de eucalipto

Empresa utiliza agentes microbiológicos, como fungos e bactérias, que atacam as pragas de maneira natural.

viveiro de ecaliptos em Eunápolis, utiliza controle biológico, no sul da Bahia
Viveiro de eucaliptos em Eunápolis, no Sul da Bahia | Foto: Divulgação

Uma indústria com operação no Sul da Bahia e base florestal de mais de 200 mil hectares, alcançou 80% de redução no uso de defensivos agrícolas no viveiro de mudas de eucalipto com a adoção do controle biológico.

De acordo com a empresa, a estratégia utiliza inimigos naturais, como insetos, fungos e bactérias para combater pragas de forma sustentável, reduzindo a dependência de produtos químicos e preservando o equilíbrio ecológico de suas florestas desde o início de seu cultivo.

Desde 2021, a companhia utiliza agentes microbiológicos, como fungos e bactérias, que atacam as pragas de maneira natural.

Em novembro de 2024, reforçou a estratégia com a introdução de crisopídeos, insetos predadores que se alimentam de pragas como pulgões e ácaros, ajudando a controlar infestações sem necessidade de pesticidas.

“Essa abordagem nos permite proteger as mudas de maneira eficaz, sem comprometer o meio ambiente e com ganhos importantes na produção florestal”, explica Jessica Josefa Sanches, especialista em Sanidade Florestal da Veracel.

O viveiro próprio da empresa, com participação de terceiros, no município de Eunápolis (BA), possui capacidade nominal para produzir até 20 milhões de mudas ao ano.

Controle biológico no campo

Foto: Divulgação

Além do viveiro, o controle biológico também é aplicado nas florestas. Atualmente, 80% das áreas com lagartas desfolhadoras já são tratadas sem defensivos químicos, usando microrganismos como o Bacillus thuringiensis e a liberação de inimigos naturais, como Palmistichus elaeisis e Tetrastichus howardi, que atacam as pragas diretamente.

Na operação de controle, drones já foram utilizados para espalhar esses insetos no campo, no entanto, novas tecnologias estão sendo avaliadas para tornar o processo mais eficiente.

“Lançamos e patenteamos esta inovação em 2021 e agora estamos evoluindo em novas soluções para que os drones liberem os insetos com ainda mais precisão”, explica Jessica.

O tempo de vida dos insetos liberados varia conforme as condições ambientais, como temperatura, umidade e disponibilidade de hospedeiros.

Em média, permanecem ativos de 5 a 20 dias, parasitando pragas e contribuindo para o controle sustentável das plantações.

Redução do impacto ambiental

Além de reduzir o impacto ambiental, o controle biológico também traz vantagens econômicas. A diminuição no uso de defensivos agrícolas reduz custos e torna as florestas mais saudáveis e produtivas.

“É uma solução que une sustentabilidade, eficiência e inovação, reforçando o compromisso com o meio ambiente”, conclui Jessica.

A empresa considera a experiência bem-sucedida com uso de inimigos naturais e reforça que esse tipo de combate de pragas é uma tendência crescente no setor florestal, ajudando a equilibrar produção e responsabilidade ambiental.


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