O II Encontro sobre Gestão de Recursos Hídricos (Ecoba) está em pleno andamento na cidade de Barreiras, localizada no oeste do estado da Bahia e banhada pela Bacia do Rio Grande.
O evento, que ocorre tanto presencialmente quanto online, é organizado pelo Fórum Baiano de Comitês de Bacias Hidrográficas em parceria com o governo estadual, através da Secretaria do Meio Ambiente.
A cerimônia de abertura teve lugar no Centro Cultural de Barreiras na última terça-feira (4) e contou com a presença de autoridades municipais, estaduais, federais, associações e representantes dos 14 comitês de bacias hidrográficas do estado. Os debates continuarão até a próxima sexta-feira (7).
Antônio Martins Rocha, diretor de recursos hídricos do Instituto do Meio Ambiente (Inema), destaca que as entidades e instituições públicas e privadas participantes estão buscando um equilíbrio entre a economia e a sustentabilidade, visando o bem-estar da sociedade civil e a preservação do meio ambiente. De acordo com Rocha, “nós dependemos dos nossos rios não apenas porque a água é fundamental para a vida, mas também como meio de produção que é essencial tanto para a região oeste quanto para toda a Bahia”.
Os tópicos discutidos no evento incluem a gestão compartilhada da água, a relação com o agronegócio, políticas públicas e a importância da preservação dos mananciais. O encontro também conta com a presença de representantes da Agência Nacional de Águas (ANA).
Osman Fernandes, coordenador de instâncias colegiadas do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) da ANA, destaca o compromisso da instituição em âmbito federal, tanto no país quanto no exterior, e ressalta a importância dos mananciais, afirmando que “sem mananciais não há agricultura, portanto, essas questões estão intrinsecamente ligadas, e se algo está indo bem, o outro também precisa estar bem para que possam se complementar”.
O principal objetivo do II Ecoba é elaborar um plano de trabalho para 2024, abordando temas atuais, como a gestão dos recursos hídricos e a prevenção das mudanças climáticas e seus impactos na sociedade e na economia.
Flávio Henrique Magalhães Lima, superintendente de infraestrutura hídrica e saneamento da Bahia, ressalta a necessidade de buscar as melhores alternativas dentro de cada realidade, mas enfatiza a importância de tornar os planos de gestão uma realidade urgente. Segundo ele, “devemos efetivamente colocar em prática essa combinação essencial: necessidade e preservação. Os recursos são finitos, e precisamos ter consciência disso e utilizá-los de forma sustentável”.