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MATOPIBA

Safra 2025/26 de soja no Tocantins tem aumento de área, mas exige cautela do produtor

Plantio inicia com desafios de custos, crédito e logística

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Foto: Divulgação/Aprosoja TO

Com o término do vazio sanitário nesta terça-feira (30), o plantio da safra 2025/26 de soja no Tocantins tem início em 1º de outubro, quarta-feira. Conforme a Instrução Normativa nº 12/2023 da Adapec-TO, esse é o período oficial autorizado para a semeadura no Estado, que historicamente se intensifica a partir do dia 10 de outubro.

De acordo com a Conab, a área cultivada no Estado deve alcançar 1,56 milhão de hectares, crescimento de 2 a 3% em relação à safra anterior.

A produção está estimada em 5,76 milhões de toneladas, consolidando o Tocantins como um dos polos agrícolas mais relevantes do Norte do Brasil.

De acordo com a Aprosoj-TO, o resultado esperado acompanha a tendência nacional. Para o ciclo 2025/26, a Conab projeta que a soja no Brasil ocupará 49 milhões de hectares, alta de 3,7% em relação à safra passada, com produção estimada em 177,6 milhões de toneladas, crescimento de 3,6% no comparativo anual.

O vice-presidente da Aprosoja Tocantins, Thiago Facco, reforça que a comercialização deve ser um dos principais pontos de atenção.

“As margens estão muito apertadas e os preços seguem estáveis. Qualquer detalhe na compra de insumos ou na venda da produção pode fazer grande diferença no resultado final. É essencial planejar bem”, comenta.

Custos e clima

Thiago também alertou para os efeitos do crédito restrito e do clima sobre a safra. “Estamos diante de um ciclo de custos elevados e escassez de crédito. Não há margem para erros. O produtor precisa respeitar a janela de plantio e executar cada etapa com precisão para garantir o sucesso da produção”, aponta.

Cleovan Barbosa, engenheiro agrônomo e inspetor de Defesa Agropecuária da Adapec, destacou que alguns cuidados são determinantes para assegurar a sanidade e a produtividade das lavouras.

“É essencial utilizar sementes de alto vigor, fazer o tratamento adequado com fungicidas multissítio e sistêmico e aplicar inseticidas quando houver risco. Também é importante garantir a inoculação fresca e homogênea, eliminar tigueras e ajustar o uso de pré-emergentes conforme o solo. A limpeza das máquinas, o descarte correto dos restos culturais e o cumprimento integral das janelas legais completam esse processo”, destacou.

Ele reforçou ainda que a sanidade da soja no Tocantins depende do esforço conjunto entre produtores, Aprosoja Tocantins e Adapec. 

“O cumprimento do vazio sanitário e da janela de semeadura reduz a presença de inóculos e a pressão de resistência. A rede de monitoramento, aliada a alertas e capacitações, eleva a sanidade e a produtividade, além de consolidar a reputação da soja tocantinense”, disse.

Entre os principais pontos de atenção para esta safra estão os altos custos de insumos e serviços, o sistema logístico ainda precário em grande parte do Estado e a dificuldade de acesso ao crédito oficial, muitas vezes oferecido a taxas de juros consideradas inviáveis.

Por outro lado, as previsões climáticas indicam condições favoráveis, com a possibilidade de influência do fenômeno La Niña trazendo bons índices pluviométricos para o Tocantins.


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