Soja

Soja: negociações entre China e EUA aumentam expectativas no mercado

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

soja
Foto: Embrapa

Apesar do fechamento em queda na sexta-feira nos contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago, a nova rodada de negociações entre EUA e China, marcada para a próxima semana, renovou a esperança do mercado, dando fôlego para Chicago. A expectativa em torno do novo encontro fez os contratos futuros voltarem a trabalhar próximos da linha de US$ 9,00 por bushel na posição spot, mas não houve rompimento.

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Até quinta-feira, dia 16, novembro tinha acumulado valorização de 4%. O mercado foi impulsionado nesta semana pela tentativa de reaproximação de China e Estados Unidos. Representantes dos dois países se reunirão até o final do mês para tentar encontrar uma solução para a guerra comercial.

Brasil

O mercado brasileiro de soja teve uma sexta de poucos negócios e de preços mistos. O dólar subiu, mas Chicago teve um dia de realização de lucros. Como negociaram bem ao longo da semana, os produtores recuaram e esperam por condições mais favoráveis. 

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

          • Passo Fundo (RS): R$ 85
          • Cascavel (PR): R$ 84
          • Rondonópolis (MT): R$ 78
          • Dourados (MS): R$ 80,50
          • Porto de Paranaguá (PR): R$ 90
          • Porto de Rio Grande (RS): R$ 92
          • Porto de Santos (SP): R$ 89
          • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 89
          • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

            • Setembro/2018: US$ 8,81 (-4,00 cents)
            • Novembro/2018: US$ 8,92 (-4,25 cents)

Milho

Ao longo da semana passada, o mercado brasileiro de milho apresentou preços firmes, mesmo em período de finalização da colheita da segunda safra. O ritmo dos negócios foi fraco nas principais praças de comercialização do país. Produtores e vendedores em geral vêm mantendo uma postura cautelosa na hora de fechar negócios, restringindo a oferta, o que garante a sustentação das cotações.

A consultoria XP Investimentos indica que os compradores do cereal aguardam por uma maior fixação de contratos nos próximos dias. Essa expectativa tem como base a necessidade, que muitos agricultores podem ter nos próximos dias, de fazer caixa para o plantio da safra de verão.

Já nesta sexta-feira, o mercado brasileiro de milho teve manutenção no quadro de preços e também de ritmo de negócios. As cotações seguem sustentadas pela oferta restrita por parte dos produtores, o que limita as negociações.

Chicago

 A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais baixos. Após reabrir em alta, o mercado reverteu e passou a ser pressionado por um movimento de realização de lucros. As negociações entre Estados Unidos e China favoreceram bons ganhos na sessão de ontem. Na semana, a posição setembro subiu 1,82%.

A China vai realizar nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos em Washington no final deste mês, informou o governo chinês nesta quinta-feira, movimento que pode trazer esperança para o progresso na resolução de um conflito que colocou os mercados financeiros mundiais no limite.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 44
  • Paraná: R$ 38
  • Campinas (SP): R$ 44
  • Mato Grosso: R$ 29
  • Porto de Santos (SP): R$ 44
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 42,50
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 42,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Setembro/2018: US$ 3,64 (-1,00 cent)
      • Novembro/2018: US$ 3,78 (-1,00 cent)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma sexta-feira de preços estáveis. A queda do arábica em Nova York e do robusta em Londres foi compensada pela valorização do dólar. O dia foi calmo na comercialização, apenas com alguns negócios, mas nada de grande volume movimentado.

No mercado físico brasileiro de café, a semana foi travada na comercialização, diante do cenário externo desfavorável. A postura defensiva dos vendedores, que só vendem conforme a necessidade imediata de caixa, e a alta do dólar limitaram o efeito baixista das perdas nas bolsas.

Enquanto isso, a colheita do grão avança, mas ainda segue atrasada em relação ao mesmo período do ano passado. Os trabalhos de campo atingiram 88%, com 53,14 milhões de sacas já colhidas, segundo a Safras & Mercado.

Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta sexta-feira com preços mais baixos. Foi a oitava sessão seguida de perdas para o arábica em NY, que atinge as mínimas para as posições vigentes.

O café foi pressionado pela alta do dólar contra o real no Brasil e pelos fundamentos baixistas. Seguem as pressões com a tranquilidade no abastecimento global. O mercado passa por um período de superávit na oferta em relação à demanda, e as informações são negativas para os preços quanto à produção das principais nações cafeeiras. No balanço da semana, o contrato dezembro acumulou uma queda de 4,86%.

No pregão da sexta-feira a cotação do café na Bolsa de Nova York caiu para US$ 100 cents por libra-peso, o menor valor desde abril de 2013.  A semana foi marcada por perdas no mercado internacional do café. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), que baliza a comercialização no mundo, o mercado contabilizou sete sessões seguidas de perdas (confirmar se vai fechar a sexta em baixa – aí serão 8 dias em queda).

A preocupação com a crise financeira na Turquia prejudicou os mercados, fez o dólar subir contra outras moedas, e o café também foi negativamente contaminado. No entanto, os fundamentos seguem baixistas. O Brasil vai chegando ao final da colheita de uma safra recorde, e outras origens, como Vietnã e Colômbia, sinalizam para boas safras futuras. Assim, há tranquilidade no abastecimento global e as cotações vão pouco a pouco cedendo nas bolsas internacionais.

Londres 

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da sexta-feira com queda nos preços. O mercado recuou acompanhando a desvalorização do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US). O cenário fundamental segue baixista para o café, com a oferta superavitária em relação à demanda, ante uma safra recorde no Brasil e com boas produções em outros países. O arábica em NY acumula oito sessões seguidas de perdas. No balanço da semana, o contrato novembro acumulou uma queda de 4,8%.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

          • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 420 a R$ 425
          • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 425 a R$ 430
          • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 375
          • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 320
          • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

          • Setembro/2018: US$ 101,20(-0,50 cent)
          • Dezembro/2018: US$ 104,70(-0,65 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

            • Setembro/2018: 1.643 (-US$ 25)
            • Novembro/2018: 1.560 (-US$ 36)

Boi

A sexta-feira foi marcada por poucos negócios no mercado do boi gordo. Porém, o mercado ainda apresenta viés de alta e as indústrias não testam preços abaixo da referência, movimento normal para o final da semana.

Em São Paulo a cotação da arroba do boi gordo permanece estável e as escalas de abate giram em torno de seis dias, o que demonstra que mesmo com oferta de boiadas restrita, essa tem sido suficiente para suprir os estoques das indústrias, devido à baixa demanda pela carne.

Essa menor demanda puxou o mercado atacadista de carne com osso para baixo. Na comparação diária, a desvalorização foi de 3,6% e a carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 9,05 o quilo. Com a queda no atacado, a margem de comercialização das indústrias que não fazem a desossa está em 12,2%, menor patamar desde março de 2018.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 144
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 138
          • Goiânia (GO): R$ 133
          • Dourados (MS): R$ 138
          • Mato Grosso: R$ 126 a R$ 129
          • Marabá (PA): R$ 127
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,65 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 145
          • Sul (TO): R$ 130,50
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 0,25%, cotado a R$ 3,914 para a compra e a R$ 3,916 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,914 e a máxima de R$ 3,954.

A moeda seguiu operando em alta ante o real com investidores mais pessimistas com o cenário eleitoral após pesquisa da XP Investimentos/Ipespe divulgada hoje e ainda com temores em relação à situação da Turquia.

Na tarde desta sexta-feira, dia 17, o dólar comercial subia 0,87%, a R$ 3,940 na venda, enquanto o dólar futuro, com vencimento em setembro, avança 0,80%, R$ 3,945.

“Acredito que o movimento é até mais interno do que externo. As pesquisas que estão saindo mostram que o Geraldo Alckmin do PSDB, em quem o mercado está apostando suas fichas, não consegue avançar”, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

A pesquisa de hoje da XP mostra que Alckmin, com 9% das intenções de voto, continua praticamente empatado com outros candidatos, como Marina Silva (8%) e Ciro Gomes (7%). Além disso, preocupou o desempenho do possível candidato pelo PT, Fernando Haddad, também com 7%. O desempenho de Haddad é ainda melhor em um cenário em que é ele é identificado como “candidato apoiado por Lula”, passando para 15%.

Já na cena externo, um tribunal criminal turco voltou a rejeitar o recurso apresentado pelo pastor norte-americano Andrew Craig Brunson, o que complica mais a relação entre a Turquia e os Estados Unidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, ainda disse hoje que a Turquia tem sido um problema para os Estados Unidos há muito tempo.

O ibovespa terminou o último pregão da semana em baixa de 1,03%, com 76.028 pontos, e o volume negociado foi de R$ 10. 291 milhões. As ações da Petrobras acompanharam a queda, perdendo 2,64%, com Itau em queda de 2,22% e Bradesco registrando baixa de 2,74%.


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 20

SUL

O risco para temporais diminui no Rio Grande do Sul, mas ainda chove em grande parte do estado e principalmente nas áreas da divisa com Santa Catarina. Isso ainda devido a influência de uma frente fria, porém já com o sistema mais afastado no oceano. Em Santa Catarina e no sudoeste do Paraná a chuva ganha intensidade e os volumes previstos são elevados no leste catarinense. Apenas no centro-norte paranaense é que a condição é de tempo mais firme e com temperaturas elevadas. No Rio Grande do Sul, a sensação de frio aumenta

SUDESTE

Na segunda-feira o tempo firme continua em todos os estados do Sudeste. O sol aparece desde as primeiras horas do dia e as temperaturas ficam elevadas, especialmente entre Minas Gerais e São Paulo. Os índices de umidade do ar podem ficar baixos no norte paulista e no oeste mineiro, mais uma vez.

CENTRO-OESTE

Durante a segunda-feira ainda pode chover em forma de pancadas isoladas nas áreas do oeste do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, mas sem grandes acumulados. Nas demais áreas do Centro-Oeste, o tempo segue firme com a presença do sol. As temperaturas se elevam e a umidade do ar fica baixa no interior do Centro-Oeste. Este cenário favorece o aumento do número de focos de incêndio na região.

NORDESTE

O tempo continua firme em grande parte do Nordeste na segunda-feira. Apenas no litoral leste da região é que ainda tem condição para chuva fraca no decorrer do dia, mas ocorre de forma rápida e sempre alternada por períodos de tempo firme. Especialmente no interior dos estados os índices de umidade relativa do ar ficam baixos.

NORTE

Neste domingo, o tempo abre do leste do Pará ao centro do Tocantins. Entretanto, as chuvas voltam a se espalhar do Amazonas a Rondônia, passando pelo Acre e Roraima. Com atenção especial a região de Manaus, onde a chuva é forte, com acumulados elevados e potencial para várias descargas elétricas.