Agricultura

Chuvas no ES: Federação da Agricultura vai ajudar mais de mil produtores

Durante mais de dois anos, um técnico de campo visitará mensalmente as propriedades para auxiliar na recuperação e minimizar os prejuízos das famílias que tiveram sua produção afetada

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Foto: Governo do Espírito Santo

Lavouras e pastos perdidos, terras que se tornaram improdutivas e produtor rural descapitalizado. É este o cenário das áreas rurais do sul do Espírito Santo, mais atingidas pelas fortes chuvas dos últimos dias. Para mudar essa realidade, a Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado (Senar-ES) e os sindicatos rurais vão levar assistência técnica para até mil produtores gratuitamente.

Durante mais de dois anos, um técnico de campo visitará mensalmente as propriedades para auxiliar na recuperação e minimizar os prejuízos das famílias que tiveram sua produção afetada. Para fazer os atendimentos de forma mais assertiva, as entidades farão um levantamento das perdas e danos da produção rural das regiões atingidas pelo desastre climático a fim de definir quais propriedades serão atendidas pelo programa.

“Assim que as propriedades tiverem seus acessos restabelecidos, pois muitas ainda estão em áreas isoladas, vamos realizar esse levantamento e começar os atendimentos para que os produtores se recuperem a curto e médio prazo. Eles precisam de soluções imediatas e concretas que o ajudem a reerguer suas lavouras, pastos e suas finanças”, explica a superintendente do Senar-ES, Letícia Toniato Simões.

Ainda não há como mensurar todas as perdas na agricultura e pecuária das regiões, mas por se tratar de municípios essencialmente agrícolas, tendo a agropecuária grande representatividade econômica, os prejuízos são consideráveis.

“A tendência da sociedade é ajudar primeiro a área urbana, mas precisamos também olhar para nossos produtores rurais, que sustentam a economia dos municípios atingidos. Suas propriedades são um laboratório a céu aberto de alto risco, sempre à mercê das intempéries climáticas. Devastada, sua produção leva anos para se recuperar”, disse Letícia.