Agricultura

Dia Mundial do Solo: 6 dicas para cuidar bem da lavoura

Gerente sênior de desenvolvimento técnico de produto de soluções para agricultura da Basf, Sérgio Zambon lista ações nesse sentido

Nesta segunda-feira (5), comemora-se o Dia Mundial do Solo. A celebração foi instituída pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entidade para qual cerca de 95% da produção global depende, justamente do… solo. Porém, ainda de acordo com a instituição, mais de 30% do solo de todo o planeta encontra-se, atualmente, degradado. O que torna fundamento a produção de forma sustentável.

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Para apresentar sugestões sobre como cuidar bem do solo, o gerente sênior de desenvolvimento técnico de produto de soluções para agricultura da Basf, Sérgio Zambon, foi entrevistado pelo Canal Rural em pleno Dia Mundial do Solo. Ele participou ao vivo da edição desta segunda do telejornal ‘Mercado & Companhia’. Ele falou sobre o tema em conversa com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva (vídeo acima).

6 dicas para a lavoura em pleno Dia Mundial do Solo

lavoura de soja em Mato Grosso do Sul
Foto: José Alberto dos Santos – Técnico Aprosoja-MS

Zambon também preparou um texto com seis dicas para se cuidar do solo e, assim, manter a lavoura sem em boas condições. Confira abaixo:

  • 1 — Tecnologia de aplicação: manutenção e regulagem de pulverizadores

A pulverização é uma das atividades que merecem atenção redobrada. Além das perdas que podem ser causadas pelo amassamento das culturas e má conservação dos equipamentos, é possível ter perdas financeiras e de produto devido às calibrações inadequadas. Alguns procedimentos básicos devem ser tomados antes de iniciar a pulverização, como checar as condições climáticas ideais (temperatura entre 20°C-30°C, umidade 70%-90% e velocidade do vento de 3-10 km/h), usar água de boa qualidade.

  • 2 — Utilizar mão de obra capacitada para realizar as atividades

A mão de obra qualificada é um desafio constante para a agricultura. De acordo com a Norma Regulamentadora nº 12, as máquinas e os demais equipamentos precisam ser operados por profissionais devidamente habilitados, e esse tipo de capacitação é fornecida pelo empregador. “O ideal é que produtores rurais ofereçam cursos técnicos profissionalizantes aos funcionários”, afirma Zambon, também destacando a importância da utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado. Os cursos geralmente disponibilizam as bases teóricas e práticas necessárias para que os trabalhadores consigam exercer sua devida função em segurança e garantindo a produtividade para o negócio.

  • 3 — Utilizar produtos adequados e eficientes e cuidar a seletividade de produtos para o cultivo

Existem dois tipos de seletividade: a ecológica, na qual se utiliza os produtos químicos de forma que ele não atinja diretamente os inimigos naturais, baseando-se nas diferenças ecológicas e comportamentais entre ele e a praga. E a seletividade fisiológica, que é baseada nas diferenças fisiológicas entre pragas, predadores e parasitoides. A seletividade pode ser referente à dose utilizada ou ao modo de ação. E não menos importante é a seletividade dos produtos as plantas, optando pela escolha de produtos com formulações menos agressivas e que não provoquem injúrias às plantas. “É importante atentar-se a esse fator para pedir à equipe técnica responsável para verificar a seletividade dos produtos utilizados na lavoura”, garante o gerente.

quebra safra paraná, chuvas
Lavouras de soja em Palotina e Terra Roxa receberam poucas chuvas e quebras podem chegar a 60%. Foto: Marco Bomm/TresBomm Agri
  • 4 — Ficar de olho no clima

O manejo eficiente deve levar em conta uma série de fatores, entre eles o clima antes e durante a proteção das plantas. Evite realizar pulverizações horas antes da ocorrência de chuva, ou na presença de orvalho. Ventos fortes também prejudicam o resultado final da pulverização podendo deslocar as gotas para fora do alvo a ser atingido. De uma maneira geral, a temperatura ideal para a aplicação de soluções na lavoura está entre 20ºC e 30ºC e a umidade relativa do ar acima de 60%.

  • 5 — Planejar a colheita

A má regulagem das colheitadeiras pode aumentar essas perdas, aumentar o número de plantas voluntárias e reduzir a margem de lucro do produtor. Por isso, é necessário se programar e fazer manutenções periodicamente, ficar atento à velocidade de operação, fazer o acompanhamento de eventuais perdas para entender o progresso do trabalho e, novamente, investir em capacitação de mão de obra para operar o maquinário.

  • 6 — Programar o transporte e armazenamento dos grãos

O armazenamento e transporte de grãos devem aparecer na lista de prioridades de todos os agricultores e cooperativas. Além do aspecto financeiro, também está em jogo a qualidade nutritiva do produto. É necessário, nessa fase, tomar cuidados com a umidade dos grãos, de limpeza, controlar pragas, fazer transporte em caminhões adequados e utilizar galpões lonados ou silos para armazenar a carga. “Esse conjunto de boas práticas é o ponto de partida para se obter longevidade da lavoura e garantir o máximo de rentabilidade na colheita. Em conjunto com as soluções da Basf, o agricultor pode garantir mais uma boa safra”, finaliza Zambon.

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