Agricultura

FPA e Belarus buscam soluções para agilizar envio de fertilizantes ao Brasil

Diplomata do leste europeu disse que é preciso trabalhar em contato direto com o setor agropecuário do Brasil para envio dos produtos

Os fertilizantes foram o tema central em reunião realizada nesta terça-feira (12) na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que contou com a presença do embaixador de Belarus, Sergey Lukashevich. Uma das discussões envolveu novas formas de enviar cloreto de potássio ao Brasil.

O diplomata do leste europeu reforçou que o encontro serviu para traçar novas rotas que viabilizem o transporte de fertilizantes, que hoje está parado. Ele também destacou a necessidade de encurtar o caminho entre produtores rurais no Brasil e os fabricantes de potássio europeus.

“Discutimos esforços bilaterais para encontrar soluções para restabelecer, novos envios do cloreto de potássio de Belarus para o Brasil. Temos que agora trabalhar um novo estilo, com o contato direto entre o setor agropecuária do Brasil com produtores da Belarus”, disse Lukashevich.

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Fertilizantes. Foto: Divulgação/USDA

Os representantes da FPA concordaram com a iniciativa e disseram que têm trabalhado para eliminar intermediários das negociações de fertilizantes. Uma outra medida que a bancada pretende adotar é a formação de um grupo de técnicos e parlamentares para pedir ao Itamaraty um empenho maior nas tratativas de retirada dos fertilizantes das sanções internacionais.

“Uma medida prática é reunir um grupo com técnicos para acompanhar tanto a diplomacia brasileira quanto a de Belarus para traçar quais medidas estão sendo tomadas. A recomendação agora é que as compras sejam feitas diretamente das cadeias produtivas, dos produtores brasileiros, com os produtores de potássio lá do Belarus”, destacou o deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG).

A Bielorrússia representa cerca de 20% das importações brasileiras de cloreto de potássio. Segundo o Plano Nacional de Fertilizantes, o país é o terceiro em importações desse tipo de nutriente agrícola. No entanto, devido à guerra na Ucrânia, enfrenta sanções econômicas e teve os acessos marítimos bloqueados. Durante o encontro, os parlamentares também receberam a confirmação de que o país europeu pretende construir um novo porto para diminuir a dependência de embarcadouros de outras nações.

“Dentro de aproximadamente três anos, eles deverão ter um porto próprio no mar Báltico para que essas transações comerciais sejam retomadas e potencializadas”, complementou Zé Silva.