Milho

Milho: tendência é de pressão baixista no Brasil, diz consultoria

Em relatório, a Cogo - Inteligência em Agronegócio analisa a situação atual do cereal e diz o que ditará os preços no segundo semestre de 2020

Em relatório especial, a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio aponta que a tendência é de pressão de baixa mais acentuada sobre os preços do milho nas regiões que necessitam abrir espaços para armazenar a segunda safra do grão de 2020, além da queda do dólar ao longo da última semana, que reduz a paridade de exportação nos portos brasileiros. “As incertezas quanto ao volume a ser colhido na safrinha  de milho evitam quedas mais acentuadas dos preços no mercado doméstico”, informa.

A desvalorização do dólar frente ao real nos últimos dias mantém lento o ritmo de negociação para exportação, pressionando os valores do cereal no porto. Em São Paulo e no norte do Paraná, os produtores temem que a falta de chuva prejudique o potencial produtivo das lavouras e, com isso, muitos estão retraídos nas vendas. “Apesar disso, a pressão compradora e a oferta de milho de outros estados em São Paulo têm resultado em leves quedas”, aponta a Cogo.

O Indicador do milho Esalq/BM&F base Campinas (SP) está praticamente estável nos últimos dias, cotado ao redor dos R$ 51 por saca de 60 kg, mas acumula uma retração de 10,5% desde o início de março, quando atingiu o maior valor de 2020.

Na B3, os contratos para o segundo semestre apresentam patamares mais baixos, refletindo a expectativa de maior volume para o período.

Exportações e tendência para o segundo semestre

No acumulado de janeiro a abril de 2020, as exportações brasileiras atingiram apenas 3,011 milhões de toneladas, queda de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo dados divulgados na segunda-feira, 25, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de milho atingiram a média de 1.512 toneladas por dia útil até o final da semana que encerrada em 22 de maio. No mesmo período do ano anterior, a média diária foi 43.530 toneladas, o que representa queda de 96,5%.

“Caso não ocorram problemas climáticos mais graves com a segunda safra de 2020, o Brasil terá uma oferta elevada no segundo semestre e necessitará ajustar os preços internos com a paridade de exportação para evitar acumular estoques de passagem elevados ao final de 2020”, ressalta a Consultoria.

Saiba mais no relatório completo da Cogo – Inteligência em Agronegócio!