Milho

Saca do milho registra alta pelo oitavo dia consecutivo; veja as notícias desta quarta

No acumulado do ano, o indicador Cepea teve uma alta de 20,08%. Em 12 meses, os preços alcançaram 89,14% de valorização

  • Boi: cotações seguem sem força para novos avanços

  • Milho: saca sobe pelo oitavo dia consecutivo

  • Soja: mercado brasileiro tem queda com forte baixa em Chicago

  • Café: arábica em Nova York cai abaixo de US$ 1,50 por libra-peso

  • No exterior: dados de serviços decepcionam nos EUA

  • No Brasil: com ruídos externos e internos, bolsa cai e dólar volta a ficar acima de R$ 5,20

  • Agenda:

    • Brasil: IGP-DI de junho (FGV)

    • Brasil: produção, venda e exportações de automóveis (Anfavea)

    • EUA: ata da última reunião de política monetária (FED)

    Boi: cotações seguem sem força para novos avanços

    De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações do boi gordo tiveram mais um dia de estabilidade no mercado físico brasileiro. Segundo o analista Fernando Iglesias, os preços seguem sem força para novos avanços, aguardando dados sobre o apetite do mercado chinês, e ao mesmo tempo, os frigoríficos não têm força para pressionar negativamente as cotações.

    Na B3, os contratos futuros do boi gordo deram sequência à tendência de alta observada no início da semana e registraram valorização novamente. O ajuste do contrato que vence em julho passou de R$ 314,95 para R$ 315,75, do outubro foi de R$ 320,60 para R$ 322,65 e do novembro subiu de R$ 323,70 para R$ 325,80 por arroba.

    Milho: saca sobe pelo oitavo dia consecutivo

    O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), atingiu o oitavo dia consecutivo com valorização. A cotação variou 0,9% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,6 para R$ 94,44 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 20,08%. Em 12 meses, os preços alcançaram 89,14% de valorização.

    Na B3, os contratos futuros do milho acompanharam a forte queda registrada em Chicago e recuaram após uma boa sequência positiva amparada pelo avanço do mercado físico. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 94,15 para R$ 92,34, do setembro foi de R$ 97,42 para R$ 93,69 e do março/22, de R$ 99,46 para R$ 96,06 por saca.

    Soja: mercado brasileiro tem queda com forte baixa em Chicago

    O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -0,97% em relação ao dia anterior e passou de R$ 163,71 para R$ 162,13 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 5,35%. Em 12 meses, os preços alcançaram 39,97% de valorização.

    Após um dia fechada em virtude do feriado, a Bolsa de Chicago reabriu com forte queda da soja, que devolveu grande parte dos ganhos acumulados de cerca de 10% da semana anterior. O vencimento para novembro caiu 6,72% e passou de US$ 13,99 para US$ 13,05 por bushel. A previsão de chuvas em regiões produtoras nos EUA liderou o movimento de correção do mercado.

    Café: arábica em Nova York cai abaixo de US$ 1,50 por libra-peso

    Na volta do feriado, o café arábica negociado na bolsa de Nova York teve um dia de forte queda e perdeu o nível de US$ 1,50 por libra-peso, o que não ocorria desde o final de maio. O vencimento para setembro recuou 3,23% e passou de US$ 1,5305 para US$ 1,481. O mercado acompanhou a queda generalizada de outras commodities.

    De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a queda em Nova York pressionou negativamente os preços no Brasil, porém, a alta do dólar limitou as quedas. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou passou de R$ 820/825 para R$ 810/820, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou foi de R$ 825/830 para R$ 820/830 por saca.

    No exterior: dados de serviços decepcionam nos EUA

    Os indicadores antecedentes de atividade econômica para o setor de serviços ficaram abaixo do esperado em junho nos Estados Unidos. O ISM de serviços passou de 64,0 em maio para 60,1 em junho, sendo que os analistas esperavam uma desaceleração para 63,5. Ainda que siga acima de 50,0, o que demonstra expansão do setor, o resultado lançou dúvidas em relação à recuperação da economia.

    Com isso, o S&P 500 e o Dow Jones, dois dos principais índices de ações dos Estados Unidos, registraram desvalorização. Na Europa, os dados macroeconômicos tiveram resultados bons e ruins. Enquanto as vendas do varejo de maio apresentaram crescimento acima do esperado, as encomendas à indústria na Alemanha tiveram retração.

    No Brasil: com ruídos externos e internos, bolsa cai e dólar volta a ficar acima de R$ 5,20

    Com ruídos externos, diante da preocupação com a desaceleração da recuperação econômica nos Estados Unidos, e internos, com ameaça de greve após aumento do diesel, a bolsa caiu e o dólar subiu. O Ibovespa registrou uma queda de 1,44% na comparação diária e ficou cotado a 125.094 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial avançou 2,39%, a R$ 5,209.

    O novo aumento dos combustíveis, anunciado pela Petrobras ontem, retomou a ameaça de greve dos caminhoneiros. Na agenda econômica desta quarta-feira, 7, o destaque fica por conta da divulgação do IGP-DI de junho pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A expectativa do mercado é por nova desaceleração do indicador, após o IGP-M ficar bastante abaixo do projetado.