Agricultura

Soja e milho: USDA deve reduzir estimativas de estoques, dizem analistas

Caso o corte previsto por especialistas se concretize, os estoques da oleaginosa podem chegar ao menor nível em sete anos

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve reduzir nesta terça-feira, 9, em seu relatório mensal de oferta e demanda, suas estimativas de estoques domésticos para a soja e o milho, de acordo com analistas consultados pelo Wall Street Journal.

A projeção para reservas de soja ao fim da temporada 2020/21 deve ser cortada de 120 milhões para 117 milhões de bushels (3,27 milhões para 3,18 milhões de toneladas), o que representaria o menor nível em sete anos. Os estoques finais de milho devem ser estimados em 1,46 bilhão de bushels (37,08 milhões de toneladas), em comparação a 1,502 bilhão de bushels (38,15 milhões de toneladas) projetados em fevereiro, segundo os analistas.  Já a estimativa para os estoques de trigo nos EUA deve ficar inalterada, em 836 milhões de bushels (22,75 milhões de toneladas).

Os analistas acreditam que a previsão para reservas mundiais de soja ao fim de 2020/21 será reduzida de 83,4 milhões para 82,7 milhões de toneladas. A estimativa para estoques globais de milho deve ser cortada de 286,5 milhões para 285,3 milhões de toneladas. Quanto ao trigo, a expectativa é de que a projeção seja elevada de 304,2 milhões para 305 milhões de toneladas.

Soja e milho no Brasil e Argentina

A previsão para a safra de soja no Brasil em 2020/21 deve ser aumentada em 200 mil toneladas, passado de 133 milhões para 133,2 milhões de toneladas. Já a projeção para a Argentina deve ser reduzida em 500 mil toneladas, de 48 milhões para 47,5 milhões de toneladas, disseram os analistas.

O USDA deve reduzir sua estimativa para a produção de milho no Brasil, de 109 milhões para 108,4 milhões de toneladas. A projeção para a safra de milho da Argentina deve ser cortada de 47,5 milhões para 47,1 milhões de toneladas.