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Boi gordo bate recordes no mercado futuro; veja notícias desta segunda

Porém, no físico, as cotações não encontram muito espaço para subir; confira também como estão os preços da soja, milho e café

  • Boi: arroba fica estável no fim de fevereiro; futuros buscam novos recordes
  • Milho: preços param de subir após avanço consistente
  • Soja: dólar impulsiona cotações no Brasil
  • Café: arábica tem leve valorização
  • No exterior: mercados abrem semana ensaiando retomada do otimismo
  • No Brasil: alta dos juros nos EUA gera expectativa de reação mais rápida do Banco Central

Agenda:

  • Brasil: relatório focus (Banco Central)
  • Brasil: balança comercial de fevereiro
  • EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)

Boi: arroba fica estável no fim de fevereiro; futuros buscam novos recordes

O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, teve um dia de preços mais altos. A cotação variou 0,2% em relação ao dia anterior e passou de R$ 302,55 para R$ 303,15 por arroba. Porém, na comparação semanal, o indicador ficou praticamente inalterado em virtude da dificuldade da demanda absorver os aumentos recentes.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram bons avanços e marcaram novos recordes. O vencimento para março passou de R$ 299,95 para R$ 302,85 por arroba, o valor mais alto desde que começou a ser negociado. O contrato para maio superou R$ 290 por arroba pela primeira vez e ficou em R$ 291,10.

Milho: preços param de subir após avanço consistente

O indicador do milho do Cepea teve um dia de baixa dos preços, após nove avanços consecutivos. A cotação variou -0,21% em relação ao dia anterior e passou de R$ 85,59 para R$ 85,41 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 13,48%. Em 12 meses, os preços alcançaram 49,48% de alta.

Na B3, os contratos futuros do milho seguiram o movimento do mercado físico e recuaram. O vencimento para março passou de R$ 88,92 para R$ 88,25 por saca e o para maio foi de R$ 89,06 para R$ 88,58.

Soja: dólar impulsiona cotações no Brasil

A alta do dólar favoreceu as cotações no mercado brasileiro em um dia de baixas em Chicago. O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) variou 0,43% em relação ao dia anterior e passou de R$ 166,74 para R$ 167,45 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 8,8% e em 12 meses, os preços alcançaram 88,87% de alta.

Em Chicago, o contrato para maio teve o segundo dia consecutivo de queda e passou de US$ 14,074 para US$ 14,042 por bushel. Os preços se ajustaram ao aumento da aversão ao risco no mercado global, que mesmo em menor grau, acaba afetando também as commodities.

Café: arábica tem leve valorização

O indicador do café arábica do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, teve um dia de preços ligeiramente mais altos. A cotação variou 0,05% em relação ao dia anterior e passou de R$ 746,14 para R$ 746,5 por saca. Sendo assim, no acumulado de 2021, o indicador teve uma alta de 23,04%. Em 12 meses, os preços alcançaram 47,78% de valorização.

O leve aumento no Brasil foi garantido pela alta do dólar em relação ao real, já que em Nova York, o arábica teve recuo expressivo reagindo ao aumento do pessimismo nos mercados. O vencimento para maio caiu 1,82% e foi de US$ 1,4005 para US$ 1,375 por libra-peso.

No exterior: mercados abrem semana ensaiando retomada do otimismo

Os mercados globais abrem a primeira semana de março ensaiando retomar o otimismo observado entre o final de 2020 e início de 2021. As taxas de juros dos títulos do Tesouro norte-americano, com vencimentos entre dez e trinta anos, têm baixas após registrarem forte alta nas últimas semanas.

O pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão proposto pelo presidente Joe Biden foi aprovado na Câmara dos Representantes neste sábado, 26. O projeto agora segue para votação no Senado. Outro destaque do fim de semana nos Estados Unidos foi o forte ritmo de vacinação no país. Esses fatores aumentam a expectativa pela retomada da atividade econômica e, por consequência, da inflação.

No Brasil: alta dos juros nos EUA gera expectativa de reação mais rápida do Banco Central

A alta das taxas de juros do Tesouro norte-americano no mercado futuro segue como principal destaque do mundo financeiro. O efeito no Brasil e em outros países emergentes tem sido de aumento da pressão sobre a moeda e sobre as taxas futuras de juros. Com isso, os investidores esperam reação mais rápida do Banco Central, que pode elevar a taxa Selic em ritmo maior que o projetado anteriormente.

O dólar voltou a fechar acima de R$ 5,60 pela primeira vez desde o início de novembro. A cotação da moeda norte-americana subiu mais de 1,5% por dois dias consecutivos em relação ao real. O movimento fez com que o Banco Central atuasse no mercado de câmbio para evitar maior desvalorização da moeda brasileira.