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Brasil comprará vacinas da Pfizer e da Janssen contra o coronavírus

O imunizante da Pfizer já possui registro definitivo concedido pela Anvisa, mas a Janssen ainda precisa ser autorizada

O Brasil vai comprar vacinas da Pfizer e da Janssen contra a covid-19, afirmou nesta quarta-feira, 3, o Ministério da Saúde. A expectativa é de que sejam incorporadas, a partir de maio, mais 138 milhões de doses ao programa de vacinação, que até então previa 253 milhões de doses.

A vacina da Pfizer já possui registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que significa que pode ser aplicada de forma irrestrita na população. A vacina da Janssen não possui nem o registro definitivo nem a autorização para uso emergencial.

Segundo o Ministério da Saúde, as negociações evoluíram após a aprovação, no Congresso Nacional, do projeto de lei que flexibiliza a compra de vacinas e que libera as farmacêuticas de responsabilidade por eventuais efeitos colaterais provocados pelas vacinas.

Esta cláusula havia sido considerada “impraticável” pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no final de fevereiro, e antes disso foi criticada abertamente pelo presidente Jair Bolsonaro, que chegou a ironizar a ausência de responsabilidade dos laboratórios dizendo que, se ao tomar a vacina “você virar um jacaré, problema seu”.

Num vídeo publicado pelo Ministério da Saúde, Pazuello disse que o governo está “trabalhando forte” para garantir a vacinação da população e disse que as autoridades federais “não somos uma máquina de fabricar soluções” para a pandemia.

No mesmo dia em que o ministro fez este comentário, o Brasil bateu recorde de mortes provocadas pela covid-19 – foram 1.910 apenas nesta quarta, e na média móvel dos últimos sete dias o número chegou a 1.331, segundo o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Além disso, em 13 estados a taxa de ocupação de leitos de UTI está acima de 85%, nível considerado crítico e indicativo de colapso iminente no sistema de saúde.

Vários estados estão adotando restrições mais duras à circulação de pessoas e ao funcionamento das empresas para tentar diminuir o grau de disseminação do coronavírus. A média móvel de novos casos da doença chegou ontem a 56.310, também um recorde, e só ontem o número de infectados passou de 70 mil.