COP26

Empresas anunciam investimento de US$ 3 bi para zerar desmatamento na produção de gado e soja

Um grupo formado por oito empresas do agro firmou compromisso para produção agro livre de desmatamento e conversão de habitats naturais

Um grupo formado por oito instituições financeiras e empresas do agronegócio firmou compromisso de US$ 3 bilhões – com mais de US$ 200 milhões em desembolsos até 2022 – para a produção de soja e gado livre de desmatamento e conversão de habitats naturais, na América do Sul. Com isso, essas empresas se tornaram as primeiras signatárias da iniciativa Inovação Financeira para a Amazônia, Cerrado e Chaco (IFACC). A meta da iniciativa é atingir US$ 10 bilhões em compromissos e US$ 1 bilhão em desembolsos, até 2025.

O anúncio das medidas contra o desmatamento na produção agrícola aconteceu durante a  26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), realizada em Glasgow, na Escócia. As empresas que firmaram o compromisso durante o evento são: &Green Fund, AGRI3, DuAgro, Grupo Gaia, JGP Asset Management, Syngenta, Sustainable Investment Management e Vert.

Em comunicado, o IFACC disse que a iniciativa complementa outros esforços como compromissos feitos pelas próprias cadeias de valor, sistemas de rastreabilidade, reforma de políticas de uso da terra e comercialização e abordagens jurisdicionais. Os compromissos feitos por essas entidades privadas irá acelerar o fluxo de capital para os agricultores, viabilizando a transição para modelos de negócios mais sustentáveis, incluindo a expansão da produção em pastagens degradadas e aumento da produtividade – por exemplo, por meio da intensificação sustentável da pecuária.

“A Amazônia, o Chaco e o Cerrado enfrentam um risco significativo de conversão, com a demanda global pela agricultura crescendo a uma taxa expressiva – mais do que o dobro da taxa de aumento da população humana. Ao mesmo tempo, a crescente demanda internacional por produtos livres de desmatamento, as mudanças regulatórias nos países consumidores e as expectativas dos investidores, também estão evidenciando à necessidade de uma grande transição nos sistemas de produção de alimento”, ressalta a nota do IFACC.

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