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Dia Internacional das Florestas: governo destaca ações para uma produção sustentável

Segundo o Serviço Florestal Brasileiro, o fomento de ações sustentáveis é o caminho para a conservação da cobertura florestal no país

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Restauração florestal: um caminho para a recuperação e o bem-estar”. Esse é o tema escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia Internacional das Florestas, comemorado neste domingo, 21. As ações do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) para o desenvolvimento econômico e sustentável da cobertura florestal brasileira visam fortalecer as cadeias da bieconomia da floresta, de reflorestamento, além das concessões florestais, da produção de informações florestais e do fomento florestal.

O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, entende que o fomento de produtos florestais madeireiros e não madeireiros, oriundos do manejo sustentável, é o caminho para a conservação da cobertura florestal brasileira.

“Possuímos a segunda maior área de florestas do mundo, a produção florestal não madeireira representa cerca de 35% do montante do extrativismo florestal. Nos últimos 10 anos, a produção florestal não madeireira vem aumentando a cada ano e os ingressos totalizam mais de R$ 10 bilhões, distribuídos nas diversas regiões brasileiras. Em relação ao manejo de produtos madeireiros, o programa de concessão florestal arrecadou, em 2020, cerca de R$ 28 milhões. Esse valor representa o melhor resultado até desde o início da atividade”, afirmou Colatto.

Florestas Plantadas

O Brasil não só detém uma das maiores áreas de florestas naturais do planeta como também é referência internacional em termos de desenvolvimento de florestas plantadas. Além da sua importância econômica, pois representa mais de 90% da fonte de matéria prima para o abastecimento industrial, possui também grande relevância do ponto de vista ambiental. As florestas plantadas são uma das estratégias mais relevantes para combater os efeitos negativos das mudanças climáticas.

Para o diretor de Pesquisa e Informações Florestais do SFB, Humberto Mesquita, o Brasil vem buscando incentivar os reflorestamentos, ampliando sua base de produção e diversificando sua base produtiva, considerando as oportunidades que o país apresenta para negócios florestais”.

“Os reflorestamentos são iniciativas relevantes também na estratégia de recuperação de áreas degradadas e de passivos ambientais como oportunidade de atrelar ações de recuperação com geração de renda no campo”, afirmou Humberto Mesquita.

Bioeconomia da Floresta

A produção florestal não madeireira extraída de florestas naturais ganha destaque devido à importância para as comunidades locais tanto pela segurança alimentar dessas famílias tanto pela comercialização dos produtos. No Brasil, essa produção extraída das florestas arrecada cerca de R$ 1,6 bilhão por ano.

A Amazônia ocupa 420 milhões de hectares, 49,3% do território brasileiro, e apresenta uma cobertura florestal estimada em 320 milhões de hectares. Conforme os dados do IBGE, os principais produtos não madeireiros extraídos das florestas naturais do bioma Amazônia são: o fruto do açaí, a castanha da Amazônia e a amêndoa de babaçu. De acordo com a Embrapa, em 2019, a produção de castanha foi de 32 mil toneladas, que geraram uma arrecadação de R$135 milhões. Em relação ao açaí, foram produzidas 222 mil toneladas, que arrecadaram R$ 588 milhões. Os valores mostram a importância de fomentar a bioeconomia da floresta, que gera renda para os extrativistas e conserva a biodiversidade brasileira.