Economia

Governo cria linha de crédito para produtores afetados por excesso de chuvas

Recursos poderão ser utilizadas por agricultores da área de atuação da Sudene, que engloba os estados do Nordeste e alguns municípios de Minas Gerais e Espírito Santo

Em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quarta-feira (9), o governo aprovou a criação de uma linha de crédito emergencial destinada aos produtores que foram prejudicados pelo excesso de chuvas. A medida vale para produtores com propriedades em municípios que fazem parte da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que engloba os estados nordestinos e alguns municípios do norte de Minas Gerais e Espírito Santo.

Em nota, o Ministério da Economia informou que os recursos virão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e abrangerá produtores e agricultores familiares que tiveram perdas causadas pelas chuvas intensas entre os dias 01 de novembro de 2021 e 28 de fevereiro deste ano.

Quanto aos valores, a pasta diz que os beneficiários poderão financiar até R$ 300 mil com taxas de juros de 0,5%, 3,5% ou 5% ao ano. Os prazos de pagamento variam de acordo com a modalidade do crédito. Para operações de custeio, o tempo para reembolsar o FNE é de cinco anos, já para operações de investimentos, esse período é de cinco a dez anos.

Agricultores familiares também terão um bônus de adimplência, ou seja, um desconto para aqueles que pagarem corretamente. Esse benefício será de 20% sobre cada parcela paga na respectiva data de vencimento.

A contratação dos financiamentos pode acontecer até o dia 30 de junho deste ano.

O CMN também autorizou a renegociação de dívidas de crédito rural relacionadas a operações de custeio e investimento e que tenham sido contratadas com recursos do FNE. No entanto, o benefício só será permitido para produtores que pagaram corretamente as parcelas até o dia 30 de novembro de 2021 e que tenham parcelas vencidas ou que irão vencer entre o período de 1º de dezembro de 2021 a 30 de dezembro de 2022.

De acordo com a nota, “o crédito rural de custeio prorrogado por autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN) e de investimento pode ter até 100% (cem por cento) do valor das parcelas devidas prorrogado para até um ano após o término do contrato vigente; e o crédito de custeio poderá ser renegociado para pagamento em até 5 (cinco) anos, incluídos até 12 (doze) meses de carência”.

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Foto: Marcos Evangelista/Imprensa Governo de MG