Economia

Presidente do Banco Central diz que inflação está perto do pico

Segundo o presidente do BC, Campos Neto, a pressão inflacionária será levada em conta para decisões da política monetária

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a inflação no Brasil tem sido impactada pela recente alta nos preços do petróleo e por questões climáticas. A fala aconteceu nesta quinta-feira (20), durante evento do setor financeiro.

Ao falar durante um encontro promovido pelo banco Santander, o presidente do Banco Central disse que dá para ver claramente a inflação subindo, em todos os lugares. “Estamos navegando na ômicron com alguma interrupção nas cadeias de oferta, mas nada grande”, disse. 

“A inflação em 12 meses no Brasil está perto do pico, mas ainda vemos aumento de preços do petróleo e problemas climáticos. Regiões do país com muita chuva ou seca já tiveram a colheita prejudicada  e isso já afeta o preço da comida”.

Ainda segundo o presidente do BC, essa pressão inflacionária já será levada em conta para decisões da política monetária. O Copom vai se reunir pela primeira vez no ano na primeira semana de fevereiro.

Sobre o câmbio, Campos Neto disse que a polarização da eleição já afeta um pouco a volatilidade da moeda. 

“Estamos preparados para agir com qualquer volume de intervenção que seja necessário. Em caso de alta volatilidade, falta de liquidez e desconexão com fundamentos, vamos atuar”, afirmou. 

Segundo o professor de Economia na FAAP Sillas de Souza Cezar, é muito difícil afirmar que a inflação atingiu o seu pico. “Olhando friamente para variáveis, sim, dá para afirmar. Mas é um cenário muito incerto e dinâmico que poderiam influenciar nas variáveis. Ele, como presidente do Banco Central, tem como objetivo acalmar os mercados”.