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Comissão da Câmara vai debater falta de insumos agrícolas

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) disse que recentes notícias dão conta de que o país sofrerá um “apagão” de insumos na próxima safra

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta sexta-feira, 22, para debater a “provável falta de defensivos agrícolas para a próxima safra”.

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que propôs a realização da audiência, disse que recentes notícias dão conta de que o país sofrerá um “apagão” de insumos na próxima safra. “Mesmo que mais de 90% dos defensivos agrícolas já estejam vendidos ou provisionados para o próximo ciclo, as indústrias não descartam atraso ou mesmo o cancelamento dessas entregas por falta de matéria-prima chinesa”, observou o deputado.

Falta de alimentos

Ainda segundo Jerônimo Goergen, dados recentes de importação desses produtos apontam uma redução de 40% do mesmo volume importado no ano anterior. “Com a escassez de ofertas, os preços dos produtos têm triplicado, onerando ainda mais os produtores rurais, o que pode afetar diretamente a produção de alimentos”, alertou.

Falta de insumos no Brasil será debatido no Congresso. Foto: Divulgação/Agência Câmara

Foram convidados para a audiência, entre outros, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama); da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Insumos

O Senado também vai discutir a crise da falta de insumos no Brasil. A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) tem reunião semipresencial, na quinta-feira, 21, às 8h, para debater o risco de falta de insumos para o plantio da safra 2021/2022.

“A ameaça de falta de insumos para o plantio da safra 2021/2022 é motivo de preocupação. Nos últimos meses, surgiram informações de sojicultores sobre atrasos na entrega – e o que é mais preocupante – do cancelamento de contratos e de pedidos de compra de fertilizantes e defensivos, entre eles do herbicida glifosato, um dos mais utilizados no planeta”, afirma o senador Zequinha Marinho (PSC-PA).