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Governo zera imposto sobre importação de pneus para caminhões

Medida era uma das exigências dos caminhoneiros autônomos para evitar uma nova greve e tinha sido prometida por Bolsonaro na semana passada

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia zerou nesta quarta-feira, 20, o imposto de importação de pneus para veículos de carga (caminhões), que era de 16%. Em nota, a pasta diz que, em reunião do Comitê Executivo de Gestão (Gecex), foi aprovada a alteração da alíquota com o objetivo de contribuir para a redução dos custos operacionais do transporte rodoviário de cargas no Brasil. O pneu é o segundo item mais caro no total do custo de manutenção de um caminhão.

“A medida atende a uma solicitação do Ministério da Infraestrutura, tendo em vista a participação do Transportador Rodoviário de Cargas (TRC) na matriz de transportes do país e as dificuldades do setor decorrentes da restrição econômica ocasionada pela pandemia da Covid-19”, diz o documento.

O Gecex levou em consideração informações recebidas das empresas do setor indicando que a demanda adicional à oferta, o aumento dos preços das commodities no mercado internacional e a variação cambial no país têm pressionado fortemente os preços dos pneus no mercado nacional.

A alteração abrange itens classificados no código 4011.20.90 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) – Pneumáticos novos, de borracha, dos tipos utilizados em caminhões – que em 2020 registraram importações no valor de US$ 141,8 milhões, com mais de 1,28 milhão de unidades, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Promessa de Bolsonaro aos caminhoneiros

A retirada do imposto sobre importação de pneus era uma das solicitações dos caminhoneiros autônomos para evitar uma nova greve no Brasil. A medida tinha sido anunciada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na semana passada, em live no Facebook.

No Twitter, Bolsonaro justificou dizendo que os caminhões vivem um momento de dificuldade, também por conta dos preços de pedágio. “É uma discussão que envolve muita coisa: lobbys, interesses e dinheiro. No passado, isso era feito escondido”, afirma. A medida entra em vigor nesta quinta-feira, 21.