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Inverno começa com chuvas que podem chegar a 150 mm

Segundo a previsão do tempo, o inverno começa com chuvas mais fortes em partes do Sul, leste do Nordeste e norte da região Norte

O inverno começou à 00h32, horário de Brasília e esta é a estação mais seca do ano no Brasil. O inverno 2021 promete ser ainda mais seco do que o normal. A precipitação mais intensa alcança apenas a região Sul, leste do Nordeste e norte da região Norte. Por isso, áreas com previsão de chuva acima da média, como Centro-Oeste, boa parte da região Norte e norte do Nordeste, devem ser analisadas com cautela.

Até há previsão de chuva mais espalhada pelo Brasil em agosto, mas não significa que o acumulado será elevado e bem distribuído .No Sul, a chuva será mais próxima da média apenas na fronteira com o Uruguai, aumentando o nível dos reservatórios para posterior instalação do arroz. No leste do Nordeste, a boa notícia para a agricultura (cana de açúcar, milho, feijão, mandioca, pastagens e soja) é que o inverno será mais chuvoso, após um outono com precipitações mais irregulares.

Segundo a previsão do tempo, o inverno deste ano não será dos mais frios. As ondas de frio não vão conseguir avançar muito além do centro do Paraná, fazendo que boa parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste fiquem com temperatura acima da média histórica. Para esta semana, o maior destaque fica por conta das tempestades previstas no centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul. Em casos extremos, o acumulado chega a quase 150 milímetros em pouco mais de 24 horas, entre quarta 23, e quinta-feira, 24.

Por outro lado, boa parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste, Rondônia e Matopiba terão uma semana com tempo seco e temperatura em elevação, situação favorável para a colheita. No leste do Nordeste, há previsão de acumulado acima dos 50 milímetros no Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. A precipitação mais fraca avança interior adentro e ajuda no combate às queimadas na caatinga, bioma que registra número 187% maior de incêndios que no ano passado.

Além disso, há previsão de chuva forte no litoral do Maranhão, litoral da região Norte, em Roraima e no noroeste do Amazonas. Na semana que vem, entre os dias 28 de junho e 04 de julho, a chuva mais intensa será vista entre o sul de Santa Catarina e o leste do Rio Grande do Sul. A primeira queda de temperatura neste inverno será vista na segunda e terça-feira da semana que vem, mas o potencial para geadas será maior na fronteira com o Uruguai e Serra Geral, ou seja, não vai alcançar áreas produtoras majoritárias em fase vulnerável. Previsões mais estendidas indicam chuva mais intensa entre o Paraná e Santa Catarina no início da segunda quinzena de julho.

Chuvas no outono

O outono termina com precipitação abaixo da média em boa parte do Brasil com destaque para o desvio abaixo de -270 milímetros no sudoeste de Mato Grosso do Sul e ao longo da bacia do rio Iguaçu, no Estado do Paraná. Por outro lado, choveu mais que o normal no Amazonas e em Roraima justificando em parte o maior nível do rio Negro em mais de 100 anos em Manaus.

Nos últimos sete dias, choveu mais intensamente que o normal em Santa Catarina, Paraná, entorno de Brasília, no norte do Nordeste e em boa parte da região Norte. Em Santa Catarina, a precipitação de quase 200 milímetros em apenas 72 horas trouxe inundações e deslizamentos de encosta, deixando comunidades rurais incomunicáveis mais uma vez. Duas semanas atrás, o Vale do Itajaí foi atingido por chuva de até 300 milímetros.

Em Mato Grosso, começou a colheita do algodão em 0,10%, enquanto a colheita do milho alcança 4% contra 15% da média histórica (Imea). O atraso no milho começou ainda no ano passado com a estiagem da primavera e atraso no plantio da soja. Por conta do atraso, a tendência é de uma safra menor que nos últimos anos no estado. No Espírito Santo, a colheita do café será mais complicada pelo amadurecimento de grãos em períodos diferentes. Na laranja, a estiagem deverá diminuir em 10% a safra deste ano em Minas Gerais e São Paulo, segundo o Fundecitrus.