Antigamente, as escrituras descreviam o tamanho de uma propriedade como litros de terra. Porém, muitas pessoas também conhecem como alqueires, hectares ou ares. A equipe de reportagem foi tentar descobrir o porquê dessas diferenças e como é possível facilitar a comunicação no campo.
Em um escritório de advocacia no município de Uberaba, no Triângulo Mineiro, uma propriedade está registrada como “área com 340 alqueires e 69 litros de campos e 67 alqueires e 10 litros de cultura”.
O topógrafo Júlio César Teixeira explica que um litro de terra são 605 metros quadrados. O Advogado Ricardo Loes conta que um alqueire equivale a 80 litros se for mineiro, ou alqueirão, também adotado em Estados como Goiás e Rio de Janeiro. Se for o alqueire paulista, cai pela metade: 40 litros. O alqueirinho, como também é chamado, é usado em Mato Grosso do Sul e em partes da região Norte do país.
Para descomplicar a vida de topógrafos e também de profissionais, como o advogado Loes, que lida diariamente com a documentação de terras, de uns tempos pra cá, o Brasil adotou o hectare.
– O hectare é uma medida baseada no sistema internacional de medidas que é usada pela maioria dos países – destaca Loes.
O Brasil unificou a medida, e foi preciso aprender a fazer a equivalência entre a antiga e a atual. Para facilitar, alqueire corresponde a uma quantidade maior de terra que o hectare.