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Milho: veja o que pode mexer com o mercado na próxima semana

Preços do cereal oscilam nos Estados Unidos e se acomodam no Brasil; confira as dicas da consultoria Safras & Mercado

Colheita de milho em lavoura
Preços do milho se acomodam no mercado brasileiro. Foto: Governo de Minas Gerais

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são são do analista da consultoria Safras & Mercado Paulo Molinari:

  • Mercado internacional oscila em função do quadro do trigo, como reflexo para o preço do milho;
  • A safra de inverno de trigo ainda está sob risco em alguns países produtores, o que origina alguma volatilidade de preços internacionais com reflexos no milho;
  • Outro ponto é que o mercado criou a expectativa de que a China passaria a ser um comprador continuado de milho norte-americano. No entanto, os fatos mostram que as compras chinesas têm sido pontuais e não suportam ainda toda a demanda esperada. Dessa forma, a Bolsa de Chicago (CBOT) mantém níveis de US$ 4,30 por bushel
  • Paralelamente, há o clima na América do Sul, que altera pouco o contexto para a CBOT no milho, mas pode ajudar em alguma volatilidade;
  • O mercado interno dispõe de um momento de ofertas regionais que vão acomodando preços. O momento era esperado, por concentrar de vendas pelos produtores para dezembro e janeiro;
  • Neste momento, o mercado não observa as perdas do milho na região Sul, tampouco as potenciais dificuldades de abastecimento no próximo semestre;
  • Apenas os produtores desejam vender, por vários motivos, e os compradores procuram convergir os preços para níveis mais baixos; o quadro pode ser apenas pontual, mas é o que vai ocorrendo neste momento;
  • A situação em Mato Grosso, de oscilação de quase R$ 10 por saca em novembro, em novembro revela a distorção dos dados divulgados no estado para a comercialização de milho. Há produtores vendendo milho ainda e em bons volumes, o que não combina com a informação de 100% de comercialização, divulgada do mercado local;
  • As exportações caminham para a meta de 34 milhões de toneladas no ano, com acumulado de 31,5 milhões de toneladas até novembro;
  • Chuvas chegaram à região Sul neste fechamento, mas sugerem um dezembro mais seco nas demais regiões do país. A safra de verão tem muitas variáveis neste ano.

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