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Morre Dr. Ottoni de Souza Rosa, protagonista da triticultura brasileira

Fundador da OR Sementes e primeiro chefe geral do CNPTrigo Embrapa, hoje Embrapa Trigo, deixa esposa e dois filhos

O engenheiro agrônomo e proprietário da OR Sementes, Dr. Ottoni de Souza Rosa, morreu neste domingo (30) aos 84 anos, em Passo Fundo (RS). Reconhecido pela forte atuação na pesquisa científica, possui contribuições relevantes no desenvolvimento da triticultura brasileira contemporânea.

Ottoni de Souza Rosa
Foto: Reprodução

Egresso da turma de engenheiros-agrônomos de 1958, pela Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel/UFPel, foi o primeiro aluno da turma, recebendo o diploma das mãos do então presidente da república Juscelino Kubitschek de Oliveira. Logo depois de formado, começou a trabalhar no setor de multiplicação de sementes do Instituto Agronômico do Sul (IAS), em Pelotas (RS), principalmente com trigo.

Rosa foi um dos líderes da inciativa que resultou na organização da produção de sementes no Brasil, a partir das comissões estaduais de sementes do Rio Grande do Sul (CEST-RS) e do Paraná (CEST-PR), das quais foi o primeiro coordenador.

Sua trajetória soma mais de 50 anos de trabalho em produção de sementes, administração de pesquisa, gestão empresarial e criação de cultivares. Graças a seus contínuos esforços, a triticultura brasileira atingiu o seu atual nível de excelência e tem potencial para avançar ainda mais.

Homenageado

O engenheiro é um dos homenageados na Calçada da Fama da Expodireto Cotrijal, uma das mais importantes feiras agropecuárias do país. Rosa foi, ainda, o primeiro chefe geral do CNPTrigo Embrapa, hoje Embrapa Trigo.

Nesse período, partiu dele e de seus pares a iniciativa para o controle biológico de pulgões, a implantação da rotação e culturas como base para o controle de doenças radiculares (podridões), o controle químico de doenças, a implantação de sistemas conservacionista de solo (primeiros trabalhos com o sistema plantio direto), a resistência genética às doenças e a correção de defeitos na criação de germoplasma, além da busca de novos tipos de planta e novas prática de experimentação em melhoramento genético vegetal.

Para o Prof. Dr. Elmar Floss, diretor do Instituto de Ciências Agronômicas (Incia), Rosa “foi um dos maiores expoentes da pesquisa de trigo no Brasil”.

Ottoni de Souza Rosa deixa a esposa Dra. Amarilis Barcelos e os filhos André Cunha e Ottoni Rosa Filho, sócios proprietários da Biotrigo Genética.