Necessidades e exigências ambientais devem ser seguidas com rigor, aconselha especialista

Engenheiro agrônomo Luíz Ataídes Jacobsen comparou os primeiros colonizadores com produtores rurais de hojeA chegada dos imigrantes italianos e alemães, que ajudaram a colonizar o Rio Grande do Sul, foi lembrada pelo engenheiro agrônomo e Mestre em Integração Latino Americana Luíz Ataídes Jacobsen na primeira palestra desta terça, dia 12, do 27º Seminário da Cooplantio, em Gramado (RS). Jacobsen falou sobre Legislação Ambiental e Agricultura e disse que o tema preocupa e angustia os produtores rurais.

– Cada um de nós tem uma percepção distinta das questões ambientais e não podemos ignorar todo um processo histórico que tivemos – afirmou.

Os imigrantes tiveram que lutar contra a natureza para sobreviver. Até em tempos mais recentes, com o processo migratório que houve do Rio Grande do Sul para o oeste de Santa Catarina e do Paraná, muitas dificuldades foram encontradas. Jacobsen, que também é assistente técnico da Emater/RS, avalia que a sociedade atual exige um respeito muito maior com a natureza.

– A própria organização mundial de comércio estabelece possibilidades de medidas técnicas visando a proteção do meio ambiente e o consumidor está exigindo também, como nós estamos vendo, chamadas em toda a mídia, sobre responsabilidade social e responsabilidade ambiental – analisa.

Segundo o palestrante, o Código Florestal não impossibilita a transformação de áreas de floresta em áreas para agricultura, mas limita e estabelece parâmetros para isso.  Para ele, a tecnologia é um diferencial dos tempos atuais, que permite a preservação.

– Existem, hoje, necessidades e exigências ambientais muito mais importantes e que devem ser seguidas com muito mais rigor, muito mais atenção do que foi em tempos passados. Agora, também, não se pode levar para um exagero de impedir que se produza – acredita.

Jacobsen terminou a apresentação dizendo que é preciso levar em conta alguns aspectos fundamentais para a produção rural, como a demanda do mercado e a remuneração e do produtor.

– O produtor precisa ganhar, ele precisa ter qualidade de vida. Mas todos nós precisamos de um sistema de produção que seja o mais amigável possível ao meio ambiente – concluiu.

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