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Boi gordo e saca da soja batem novos recordes; Banco Central mantém taxa Selic em 2% ao ano e sinaliza patamares baixos de juros por um longo período

  • Boi: indicador do Cepea rompe os R$ 250 por arroba pela primeira vez
  • Milho: preços seguem estáveis em torno de R$ 59 em São Paulo
  • Soja: forte alta em Chicago impulsiona recordes no Brasil
  • No exterior: banco central dos EUA afirma que taxas de juros ficarão baixas por um longo tempo
  • No Brasil: Banco Central mantém taxa Selic em 2% ao ano

Agenda:

  • Brasil: dados das lavouras no Rio Grande do Sul (Emater)
  • EUA: exportações semanais de grãos dos Estados Unidos (USDA)
  • EUA: pedidos semanais de seguro-desemprego

Boi: indicador do Cepea rompe os R$ 250 por arroba pela primeira vez

O indicador Cepea/B3 do boi gordo teve mais um dia de alta expressiva nesta quarta-feira, 16, e superou os R$ 250 pela primeira vez. A cotação passou de R$ 247,5 para R$ 250,9 por arroba. Na B3, os contratos tiveram comportamento misto. O vencimento setembro recuou para R$ 249,20 por arroba, enquanto os mais longos tiveram ajuste maior que do dia anterior. Destaque para o contrato para janeiro de 2021 que foi para R$ 248,50.

A Agrifatto registrou baixa liquidez nas negociações do mercado físico de boi gordo. A lentidão é esperada e sazonal, em virtude da entrada da segunda quinzena do mês. Além disso, a consultoria observa as programações de abate atendendo, em média, cinco dias úteis em São Paulo.

Milho: preços seguem estáveis em torno de R$ 59 em São Paulo

O mercado físico de milho no Brasil segue com preços estáveis e negócios calmos. No levantamento diário da consultoria Safras & Mercado, as cotações tiveram leves quedas em São Paulo. No porto de Santos, os preços ficaram entre R$ 58 e R$ 60,5, e em Campinas, entre R$ 59 e R$ 60. No indicador do Cepea, as cotações também seguem ao redor de R$ 59, ainda sem força para buscar os recordes anteriores acima de R$ 62 a saca.

Na B3, os contratos futuros tiveram ajuste positivo seguindo as altas observadas em Chicago. No exterior, o movimento foi impulsionado pela boa demanda externa pelo cereal norte-americano, sobretudo chinesa.

Soja: forte alta em Chicago impulsiona recordes no Brasil

A forte alta dos contratos futuros de soja em Chicago impulsionou recordes das cotações no Brasil. O indicador do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve variação acima de 1% e ficou em R$ 138,46 a saca. Sendo a primeira vez que a cotação superou os R$ 138 na série histórica. O indicador para o Paraná também acompanhou o movimento e passou de R$ 133,69 para R$ 135,48. No levantamento da Safras & Mercado, destaque para os preços em Passo Fundo (RS), que passaram de R$ 140 para R$ 145, também recorde.

No exterior, o dia foi marcado por expressiva alta em virtude de novas vendas para a China e perspectiva de uma safra norte-americana menor que a projetada. Dessa forma, há expectativa de redução dos estoques de passagem.

No exterior: banco central dos EUA afirma que taxas de juros ficarão baixas por um longo tempo

Os mercados globais seguem reagindo ao comunicado do banco central dos Estados Unidos divulgado após a reunião de política monetária. A autoridade norte-americana afirmou no documento que espera que as taxas de juros permaneçam baixas pelos próximos anos. Os diretores do comitê projetam que, pelo menos até 2023, as taxas fiquem próximas de zero.

As bolsas não se animaram com a perspectiva de mais estímulos monetários e apresentaram quedas. A preocupação com a retomada econômica pós-pandemia mais do que compensou a possibilidade de maiores estímulos.

No Brasil: Banco Central mantém taxa Selic em 2% ao ano

O Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 16, manter a taxa Selic estável em 2% ao ano. No comunicado, os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom), afirmaram que “por razões prudenciais, o Copom considera apropriado utilizar uma ‘prescrição futura’ (isto é, um ‘forward guidance’) como um instrumento de política monetária”. Com isso, o Banco Central sinaliza que a taxa Selic deve ficar em níveis baixos por um período longo, ou até que as expectativas e projeções de inflação estejam “suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária”.

A decisão foi unânime e era amplamente aguardada pelo mercado. Os analistas esperavam apenas pelas sinalizações do comunicado. Parte do mercado projetava maiores apontamentos em relação à percepção dos riscos fiscais. Ainda que o Banco Central reconheça que o país deve perseverar no processo de reformas e ajustes da economia brasileira, o mercado parece estimar um risco fiscal maior que o projetado pelo comitê no momento.