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Preços da arroba e do milho têm novas quedas no mercado físico e no futuro. Brasil tem maior criação de vagas de trabalho para um mês de outubro

  • Programações de abate se alongam e arroba do boi gordo recua novamente
  • Aumenta de oferta de milho gera queda nos preços
  • Feriado nos EUA trava negócios de soja e cotações ficam estáveis
  • Preços do café inalterados e mercado lento no Brasil
  • No exterior: mercados têm leve alta na volta do feriado
  • No Brasil: criação de vagas de trabalho tem o melhor outubro da série histórica

Agenda:

  • Brasil: IGP-M de novembro (FGV)
  • Brasil: dados das lavouras do Mato Grosso (Imea)
  • EUA: exportações semanais de grãos (USDA)

Programações de abate se alongam e arroba do boi gordo recua novamente

As programações de abate em São Paulo se alongaram e estão em média atendendo sete dias úteis, de acordo com a Agrifatto. Com isso, a pressão de baixa na arroba do boi gordo ganhou um pouco mais de espaço no encerramento desta semana. A consultoria também observa retração no consumo doméstico e vê preços entre R$ 275 e R$ 285 por arroba nas praças paulistas. A Scot Consultoria registrou novas quedas da arroba, que ficou cotada a R$ 276, preço bruto e à vista, também em São Paulo.

Na B3, os contratos futuros também tiveram movimento de baixa em praticamente toda a curva futura. O vencimento novembro passou de R$ 282,25 para R$ 280 por arroba, e o dezembro, o mais líquido atualmente, de R$ 274,15 para R$ 273,05.

Aumento de oferta de milho gera queda nos preços

O consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, registrou que o mercado de milho brasileiro tem apresentado uma maior intenção de venda por parte dos produtores e de forma generalizada. Esse movimento pressiona as cotações e gera novas quedas nos preços. Por outro lado, ele avalia que os compradores ainda seguem de fora do mercado ou têm indicações de preços mais baixos.

Em Campinas (SP), a saca caiu de R$ 80,50 para R$ 78. Em Uberlândia (MG), passou de R$ 75 para R$ 73. Em Sorriso (MT), foi de R$ 68 para R$ 65.

Feriado nos EUA trava negócios da soja e cotações ficam estáveis

Com o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e a falta de referência internacional das cotações de soja, o dia no mercado brasileiro da oleaginosa foi marcado por negócios travados e preços inalterados.

O indicador da soja do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) com referência nos preços no porto de Paranaguá (PR) recuou pelo quinto dia consecutivo e passou de R$ 162,54 para R$ 161,24 por saca. O indicador do instituto de pesquisa que calcula uma média para o estado do Paraná também cedeu e foi de R$ 162,4 para R$ 160,85.

Preços do café inalterados e mercado lento no Brasil

O feriado norte-americano também afetou o mercado brasileiro de café de maneira semelhante ao de soja. Os preços ficaram estáveis nas principais regiões acompanhadas pela consultoria Safras & Mercado.

No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 565/570 a saca, estável. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 570/575 a saca, inalterado.

No Exterior: mercados têm leve alta na volta do feriado

Ainda com liquidez reduzida e com o pregão norte-americano fechando mais cedo, os mercados voltam do feriado de Ação de Graças operando em leve alta. Os investidores seguem monitorando o avanço da Covid-19, sobretudo nos Estados Unidos e Europa, e o desenvolvimento de vacinas contra a doença.

Na quinta-feira, 26, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que uma vacina deve começar a ser distribuída no país na semana que vem ou na próxima. A próxima avaliação dos mercados será de como a logística da vacina será implementada entre os países de maneira a garantir uma distribuição eficaz.

No Brasil: criação de vagas de trabalho tem o melhor outubro da série histórica

O Brasil teve criação líquida de 394.989 vagas de trabalho formais em outubro de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta pelo Ministério da Economia. Foi o quarto mês consecutivo em 2020 com saldo positivo e o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica em 1992.

No ano, o balanço ainda é negativo com forte impacto da pandemia do novo coronavírus. Entre os setores, destaque para serviços com quase metade das vagas criadas. Em seguida aparecem o comércio e a indústria. A agropecuária, setor que chegou a apresentar criação de postos no meio da pandemia, teve um leve fechamento líquido de 120 vagas.