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Paraná e Israel assinam cooperação para criação de 'Escola Agrícola 4.0'

O projeto Escola Agrícola 4.0 visa a criação de um centro de treinamento para agricultores, cooperativas, estudantes, investidores

A Invest Paraná e a Câmara Brasil Israel de Comércio e Indústria assinaram nesta quarta-feira, 20, um protocolo de intenções para incentivar a troca de experiências e tecnologias em agroecologia. O acordo tem o apoio do governo do Paraná e Israel.

As ações da cooperação serão realizadas no Complexo Newton Freire Maia, localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A medida integra as iniciativas do projeto Escola Agrícola 4.0, que será implantado na propriedade.

A Escola Agrícola 4.0 funcionará como um laboratório de práticas que serão replicadas nos outros colégios agrícolas do Paraná.

Segundo o embaixador de Israel, Zohar Zonshine, o investimento em tecnologia na agricultura tronou-se indispensável para a produção mais eficiente nas mais diversas condições climáticas. “Temos muita base para essa cooperação, já que o número de habitantes do Paraná (11,08 milhões) e Israel (9,2 milhões) é semelhante, ambos possuem alto nível educacional e apresentam conhecimentos substanciais no cuidado e manejo dos recursos naturais”, afirmou o diplomata.

O projeto Escola Agrícola 4.0, do Governo do Estado, visa a criação de um centro de treinamento para agricultores, cooperativas, estudantes, investidores e população em geral, com oferta de cursos, palestras e seminários.

Foto: Alessandro Vieira/AEN

Os treinamentos e qualificações serão nas áreas de inovação social na agropecuária, inclusão digital, empreendedorismo e gestão de negócios, engenharia genética, automação, agricultura de precisão, manejo de conservação de solo e água, gestão de resíduos, sanidade, insumos biológicos, integração lavoura-pecuária-floresta, manejo racional de agrotóxicos e fertilizantes, entre outros.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, citou a necessidade de formar jovens capazes de acompanhar as mudanças constantes das tecnologias agrícolas. “Formar um jovem com visão e capacidade para absorver e compreender as novas tecnologias nas áreas de agroecologia, digitalização de processos, automação ou nova genética, por exemplo, é essencial para que possamos continuar fazendo mais e melhor, mas utilizando menos recursos. Esse é nosso desafio”, disse.

Mudanças climáticas

O projeto também pretende introduzir a inteligência artificial e demais tecnologias para incremento da produção no campo com a redução de geração de resíduos, de perdas e custos, de usos de implementos agrícolas poluentes, do desgaste do solo e de contaminações do curso da água. Ao mesmo tempo deverá promover o engajamento do produtor em sistemas de controle e monitoramento, o aumento da produção sem o aumento da área e a melhoria da qualidade dos produtos e da genética.

O centro terá espaço, ainda, para a efetivação de um Hub de Inovação, plataforma física de conexão entre novas startups, estudantes, investidores, empresas e usuários. O objetivo é desenvolver novos produtos e tecnologias, escaláveis para aplicação no mercado, facilitando oportunidades de negócios e concretizando criações de forma mais rápida e eficiente.