Pecuária

Boi: capacidade de retenção do pecuarista será maior no 1º bimestre, diz Safras

Mesmo com uma frente confortável em suas escalas de abate, os frigoríficos encontram dificuldades em exercer pressão sobre o mercado

O mercado físico do boi gordo apresenta preços firmes nesta semana. Mesmo com uma frente confortável em suas escalas de abate, os frigoríficos encontram dificuldades em exercer pressão sobre o mercado, como avalia o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. “Essa é uma consequência da boa capacidade de retenção que o pecuarista apresenta no decorrer do primeiro bimestre, com pastagens em ótimas condições no Centro-Norte do país”, diz.

“A cadência das negociações será uma constante no curto prazo, tanto que o mercado é menos fluído no decorrer da semana. Animais padrão China ainda carregam ágio de até R$ 15, em relação a animais destinados ao mercado doméstico”, analisa Fernando Henrique Iglesias.

Em São Paulo, no interior do estado, os preços ficaram em R$ 342/@, estáveis. No triângulo mineiro negócios em R$ 337 a arroba, contra R$ 335 do dia anterior.

Em Goiânia, cotação avançou para R$ 327 a arroba, no comparativo com R$ 325/@ a prazo anteriormente. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo ficou posicionado em R$ 323/@ a prazo, sem mudanças. Em Mato Grosso, a arroba foi indicada em R$ 316 a arroba, contra R$ 314 a prazo do dia anterior.

Atacado

O mercado atacadista apresentou preços acomodados ao longo da quinta-feira. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pouco espaço para reação. “O cenário doméstico é bastante difícil, considerando as despesas usuais que descapitalizam o consumidor no período, a exemplo do IPTU, IPVA e a compra de material escolar. Além disso, as proteínas concorrentes estão em franco descenso, ou seja, a opção será por proteínas mais acessíveis”, comenta Iglesias.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 24,90, por quilo. Quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 15,50. Ponta de agulha permanece precificada a R$ 15,40, por quilo.