O ano de 2020 regista uma quebra de todos os recordes na cadeia da pecuária de corte. Segundo a Cogo – Inteligência em Agronegócio Setembro ficou marcado pelos recordes reais (com valores deflacionados pelo IGP-DI) dos preços do boi gordo, do boi magro, do bezerro e também da carne bovina. Essa combinação de recordes é um resultado da demanda aquecida, especialmente para exportação e da baixa oferta de bovinos para abates. Isso acaba sustentando os elevados patamares de preços em toda a cadeia da pecuária. Em São Paulo, o preço médio do boi gordo, a prazo, atingiu média de R$ 258,50/arroba na primeira semana de outubro, acumulando alta de 13,1% em 30 dias e 63,9% em 12 meses.
Para o bezerro, em setembro, o preço médio em Mato Grosso do Sul foi de R$ 2.162 por cabeça, com alta acumulada de 41% nos últimos 12 meses e um recorde real (com base nos valores deflacionados pelo IGP-DI). Em São Paulo, o preço médio do bezerro também registrou recorde mensal em setembro, de R$ 2.230 por cabeça, com acréscimo de 5% em relação à média de agosto/2020 e aumento de 42% em relação ao mês de setembro do ano passado. O preço médio do boi magro em São Paulo no mês de setembro foi de R$ 3.353, também um recorde em termos reais, com alta de 8% em 30 dias e de 40% nos últimos 12 meses.
Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi registrou uma média de R$ 16,60/Kg em setembro, alta 7% sobre o mês de agosto e de 35% ante o mesmo mês do ano passado. Por fim, as exportações também são recordes. Em setembro, o Brasil exportou 166.366 toneladas de carne bovina in natura e processada, aumento de 2% em comparação com igual mês de 2019. No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, as exportações brasileiras totais de carne bovina alcançam 1,460 milhão de toneladas, 9,6% acima das 1,332 milhão de toneladas embarcadas no mesmo período de 2019, com receitas de US$ 6,1 bilhões em 2020, ante US$ 5,1 bilhões no mesmo período de 2019, um crescimento de 20%.
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