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Turbulência do mercado faz preço da arroba do boi gordo cair

A modalidade de negócios à vista ficou fechada, e a tendência para esta terça é de uma abertura com referências bem mais baixas

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Foto: Plínio Queiroz/ Canal Rural

O mercado físico do boi gordo teve preços mais baixos nesta segunda-feira, mas com indicações apenas nominais. O analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos alteraram sua estratégia de compra, avaliando uma “desmedida queda nas indicações futuras de preços”. A modalidade de negócios à vista ficou fechada, e a tendência para esta terça é de uma abertura com referências bem mais baixas.

“A perspectiva é que os frigoríficos exerçam pressão no restante da semana sobre os pecuaristas diante da turbulência no mercado financeiro e a expectativa de uma retração da corrente de comércio mundial, situação que deve impactar nas exportações de carne bovina. Enquanto isso, algumas unidades produtoras já avaliam conceder férias coletivas para os funcionários nos próximos dias”, pontuou. 

Em São Paulo, os preços do mercado à vista caíram de R$ 201, a arroba para R$ 195. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços recuaram de R$ 195 a arroba para R$ 191 – R$ 192. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 188 a arroba, contra R$ 192 – R$ 193 na sexta-feira. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado caiu de R$ 193 para R$ 190. Já em Cuiabá,  Mato Grosso, o preço diminuiu de R$ 186 a arroba para R$ 185 a arroba. 

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. “A segunda quinzena do mês é pautada por uma reposição mais lenta entre atacado e varejo, sem espaço consequentemente para alta nos preços. Além disso, o mercado carrega grandes dúvidas de médio prazo em relação às exportações e ao fluxo global de carnes em meio à pandemia de coronavírus, que tem grande potencial para impactar as vendas externas brasileiras de proteína animal”, disse Iglesias. 

O corte traseiro permaneceu em R$ 14,60 o quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 11,50 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,50 por quilo.