Pecuária

Importação de carnes pela China cresceu 63% em setembro

O aumento é resultado dos surtos de peste suína africana que dizimaram boa parte do seu plantel de suínos nos últimos anos

China, coronavírus
Foto: Lu Boan/ Xinhua

As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 830 mil toneladas em setembro deste ano, volume 63% maior do que o adquirido em igual mês do ano anterior, informou o Departamento de Alfândegas da China (GAAC, na sigla em inglês). A despesa com a importação do produto aumentou 40,5%, atingindo US$ 2,325 bilhões no mês. Nos primeiros nove meses do ano, o país asiático importou 7,41 milhões de toneladas de carnes e miúdos.

As importações de carne suína somaram 380 mil toneladas em setembro, volume 121,6% superior ao comprado em igual mês do ano passado. Em valor, o aumento foi de 146,6%, para US$ 924,5 milhões. No acumulado do ano, o país asiático importou 3,29 milhões de toneladas de carne suína.

De carne bovina, o país asiático importou 180 mil toneladas em setembro, alta de 18,9% na comparação anual. O valor desembolsado com o produto foi 1% menor, de US$ 777,08 milhões. De janeiro a setembro deste ano, a China comprou 1,57 milhão de toneladas de carne bovina do exterior.

Apesar das restrições da China às proteínas importadas, com a suspensão de vários frigoríficos em todo o mundo e testagem em massa para covid-19 de alimentos importados, os dados mostram que o país mantém a dependência de compras externas desses produtos para abastecimento doméstico. O aumento das importações chinesas de carnes é resultado dos surtos de peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) que dizimaram boa parte do seu plantel de suínos nos últimos dois anos.