O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta terça-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, novo movimento de queda dos preços da carne bovina no atacado é uma grave preocupação neste momento, considerando evidentes dificuldades operacionais que os frigoríficos que atuam apenas no mercado doméstico enfrentam.
Animais que cumprem os requisitos de exportação para a China seguem mais demandados, carregando ágio de até R$ 10 em relação a animais destinados ao mercado doméstico.
Na região Norte, os frigoríficos conseguem exercer maior pressão sobre os pecuaristas. Já as exportações seguem em bom nível, configurando uma importante base de sustentação para os preços da arroba.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 340, ante R$ 341 na segunda-feira. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 319, estável. Em Cuiabá, o valor foi de R$ 316, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 340 por arroba, contra R$ 335. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 320 para a arroba do boi gordo, contra R$ 322.
Atacado
O mercado atacadista registrou preços mais baixos para a carne bovina nesta terça-feira. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo. “O consumidor brasileiro não parece capaz de absorver novos reajustes da carne bovina no varejo. O perfil do consumo no início do ano com a descapitalização do consumidor é fator importante. Nesse ambiente a migração para proteínas mais acessíveis acontece de maneira recorrente”, disse Iglesias.
Assim, o quarto traseiro foi precificado a R$ 23,50 por quilo, queda de R$ 0,80. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 15,80 por quilo, queda de R$ 0,10. A ponta de agulha cedeu em torno de R$ 0,50, recuando ao patamar de R$ 14,50 por quilo.