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Portos RS: movimentação de nitrato de amônio é controlado pelo Exército

O produto é suspeito de ter causado a grande explosão na terça-feira, 4, no porto de Beirute, no Líbano, que deixou dezenas de mortos

Porto de Rio Grande
Foto: Porto de Rio Grande/divulgação

A Portos RS, autarquia responsável pela administração dos portos do Rio Grande do Sul, informou que movimenta nitrato de amônio nos portos de Porto Alegre e Rio Grande, sob autorização e controle do Exército. O produto é apontado como uma das causas da grande explosão na terça-feira, 4, no porto de Beirute, no Líbano, que causou dezenas de mortes e danos.

Conforme a Portos RS, em nota, foram movimentadas no porto de Rio Grande neste ano cerca de 85 mil toneladas de nitrato de amônio. Outras 18 mil toneladas passaram pelo porto de Porto Alegre, em duas operações. O desembarque dos navios que trazem o produto ao país, em grande medida destinado à produção de fertilizantes, somente é feito depois da autorização e controle do Exército Brasileiro por meio de sua Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, informou a autarquia no comunicado.

A Portos RS destacou, além disso, que o produto químico não é inflamável, “mas pode intensificar o fogo em outros combustíveis atuando como fonte de oxigênio”. “Ele também é considerado uma substância de interesse militar, o que significa que a fabricação, transporte, comercialização e uso do produto estão sujeitos ao controle do Exército”, explicou na nota.

A maior parte das cargas de nitrato de amônio desembarcadas no Rio Grande do Sul é proveniente da Estônia, de acordo com a autarquia, seguindo direto para os importadores, que contam com estrutura de armazenagem “adequada e vistoriada pelos órgãos ambientais e pelo Exército brasileiro”.