Qualidade de vida no campo é inferior à registrada na cidade, revela estudo

Segundo o Ipea, vulnerabilidade das famílias brasileiras reduziu 14%, mas nas zonas rurais ainda há dificuldade de acesso aos serviços públicosA qualidade de vida no campo permanece em nível mais baixo do que na cidade, de acordo com estudo divulgado nesta terça, dia 17, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa revela ainda que a vulnerabilidade das famílias brasileiras reduziu em 14%. Isso significa que uma parcela maior da população passou a ter acesso à escola, ao trabalho e a um aumento na renda. Os dados levam em consideração pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e

De acordo com o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, Bernardo Alves, as zonas rurais das regiões Norte e Nordeste do país concentram o maior número de famílias em situação vulnerável.

– O fato de ser urbano, mesmo que seja na periferia ou em uma região pobre da cidade, um assento subnormal, uma favela, de acordo com o conceito do IBGE, já traz ganhos de qualidade de vida para as pessoas. Porque, mesmo que a habitação tenha uma certa fragilidade, é mais próxima ao hospital e à escola – explica.

De forma geral, em seis anos, a qualidade de vida das famílias brasileiras aumentou, graças à criação de mais empregos e ao aumento da renda. A melhora foi impulsionada também pelos programas sociais de redução da pobreza.

O estudo, que teve somente uma parte divulgada, tem como meta orientar políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida da população.