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Setor produtivo acompanha discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista

Em discurso para apoiadores que estavam presentes na manifestação, Bolsonaro voltou a defender pautas como o voto impresso

Apoiadores do presidente Bolsonaro fazem manifestação em frente ao Museu de Arte de São Paulo. Foto: Sara Kirchhof

O presidente da República, Jair Bolsonaro, participou de uma manifestação realizada na avenida Paulista, em São Paulo, nesta terça-feira, 7. Em discurso para apoiadores que estavam presentes no ato, Bolsonaro voltou a defender pautas como o voto impresso.

“Não é uma pessoa no Tribunal Superior Eleitoral que vai nos dizer se a eleição é segura ou não”, disse o presidente, em referência ao ministro Luís Roberto Barroso, que defende a manutenção das urnas eletrônicas.

Manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro reúne milhares de pessoas na Avenida Paulista. Foto: Gabriel Azevedo

Segundo apuração feita pela equipe de reportagem do Canal Rural, são 14 carros de som que estão na Paulista, entre eles, um com representantes do setor produtivo, apoiado pelo Sindicato Rural de Ribeirão Preto, Associação Rural Vale do Rio Pardo (Assovale), Fazenda São José e Movimento Brasil Limpo.

Mais cedo, pela manhã, o presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, Paulo Junqueira, publicou um vídeo nas redes sociais comemorando a entrada do caminhão de som do agronegócio na Paulista. “Graças a Deus, caminhão liberado. Mais uma batalha que a gente conseguiu vencer”, afirmou.

Na avenida mais famosa da capital paulista, o produtor Wesley Frota viajou de Varginha (MG) para participar. “Nós estamos sendo limitados na nossa liberdade, não só o agro, mas todo o povo brasileiro. Nós queremos um Brasil melhor, não apenas para o produtor rural, mas para todos. O produtor rural que empurra o PIB para frente, a gente produz riqueza e queremos que isso seja revertido para o nosso país”, disse.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro participam de manifestação na Avenida Paulista. Foto: Sara Kirchhof

No discurso, com pouco mais de 20 minutos, Bolsonaro disse que “todos os presos políticos sejam postos em liberdade”, em referência ao presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, preso no no inquérito das milícias digitais, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem citar o ministro, Bolsonaro disse que a paciência com a corte acabou e mandou um recado. “Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas, turve a nossa liberdade”.

Apesar da presença de produtores rurais no ato, inclusive com bonecos infláveis gigantes, um deles mostrando o presidente montando um cavalo, Bolsonaro não falou sobre o agronegócio e nem pautas de interesse específico do setor, como o julgamento do marco temporal, marcado para recomeçar nesta quarta-feira, 8.

No fim do discurso, os manifestantes começaram a deixar a Paulista. De acordo com informações da Polícia Militar de São Paulo, não foram registrados incidentes graves até o fim da tarde desta terça-feira. O público foi estimado em 125 mil pessoas, segundo a PM.