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Simpósio Brasil Sul de Avicultura mostra desafios e oportunidades para o setor

O evento destacou cenário econômico da atividade, abordando questões como o alto custo de produção e adoção de tecnologias

O Brasil é o terceiro maior produtor de aves do mundo, depois de Estados Unidos e China. No ano passado, a produção nacional foi de 13,7 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). É por isso que o setor merece atenção cada vez maior por parte dos produtores, indústria e poder público.  O 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura discutiu temas relacionados aos desafios e oportunidades para o setor, além de trazer informações sobre o cenário econômico atual.

O evento marcou também os 50 anos de criação do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), sediada em Chapecó (SC). A entidade é a responsável pelo simpósio, que aconteceu no formato híbrido, com apresentadores e moderadores reunidos em um auditório e a plateia seguindo pela internet com mais de dois mil e duzentos inscritos.

‘’Nossa missão é reunir todos os anseios dos profissionais de toda a cadeia e selecionar os melhores especialistas e palestrantes para ajudar no planejamento de ações para esse setor’’, destaca Guilherme Bernardo, coordenador científico da Nucleovet.

‘’Tivemos que nos reinventar no último ano, a cada dia com uma novidade. Mas com a ajude de 100 pessoas de diversas comissões da entidade, oferecemos ao público com toda a tecnologia disponível no evento, levando conhecimento de qualidade dentro do conforto de suas casas’’, comenta Lucas Piroca, vice-presidente da Nucleovet.

A avicultura de corte tem enfrenta grandes desafios pela frente. A atualização das normativas para abate está em discussão e deve estar pronta até o ano que vem.

Outro contratempo desafio enfrentado pelo setor são os altos custos de produção. Com o aumento do preço dos grãos, a nutrição das aves representa cerca de oitenta por cento do custo total. merece atenção para ganhos no processo de produção para reduzir a condenação de animais no pré-abate, hoje na casa dos dois e meio por cento, em média.

A adoção de tecnologia com recursos da informática e inteligência artificial é um caminho sem volta para melhorar os resultados nos aviários. O assunto foi abordo durante o evento pelo consultor em T.I. Anderson Nascimento.

‘’No futuro, o que vai diferenciar um player da avicultura, seja frigorífico ou fabricante, será o qual avançada é a sua inteligência artificial, pois o resto será commoditie. Aquela informação que é encontrada na internet é uma commoditie comum e não uma revolução’’, afirma Nascimento.

Todos os temas discutidos nesta edição do simpósio contribuem para que a avicultura brasileira se torne cada vez mais competitiva no mercado internacional.

‘’O evento foi um sucesso absoluto. Mais uma vez os profissionais da avicultura mostram que estão superando esse momento de crise, buscando informação, assim como a atividade tem feito nesse último ano e meio. O setor não parou a produção frente à pandemia e buscou o que tem de melhor na produção de  alimentos que é a carne de frango’’, ressalta Luiz Carlos Giongo, presidente da Nucleovet.