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Previsão do tempo: novo ciclone traz chuva forte, ventania e queda de granizo

Somar Meteorologia afirma, no entanto, que ciclone desta semana tem características diferentes do ciclone bomba da semana passada; entenda!

A segunda-feira, 6, já começou com chuvas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina devido a presença de uma frente fria que atua sobre esses estados. A Somar Meteorologia indica que para esta terça-feira, 7, e quarta, 8, uma nova área de baixa pressão atmosférica se forma sobre o norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, dando origem a um novo sistema frontal, composto de frente fria e um ciclone extratropical. Com isso, há previsão de chuvas de até 100 milímetros, ventania, granizo e ressaca nas regiões costeiras dos dois estados.

“É comum termos a formação destes sistemas no Sul, mas na semana passada por conta da alta queda de pressão, o fenômeno foi caracterizado como um ciclone bomba e deixou inúmeros estragos. Ao invés de se formar no oceano, como normalmente ocorre, o ciclone se formou no interior da região Sul”, explica a meteorologista Desirée Brandt. Segundo ela, não dá para afirmar que teremos os mesmos efeitos da semana passada nas próximas 24 horas, mas áreas que já foram muito danificadas podem voltar a registrar problemas.

A empresa afirma que ciclone desta semana tem características diferentes do ciclone bomba da semana passada. “O ciclone previsto para esta semana deve ser forte e traz preocupação para as autoridades de defesa civil. Porém, não deve ser tão intenso e com queda brusca de pressão e logo se afasta para o oceano”, explica.

Segundo levantamento preliminar feito pelos extensionistas da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) em parceria com as defesas civis municipais de Santa Catarina, mais da metade dos municípios tiveram famílias rurais ou pesqueiras afetadas pelo ciclone bomba na última terça, 20, com perdas principalmente na pecuária, horticultura, fruticultura, tabaco, reflorestamentos e flores ornamentais.

O vendaval também provocou acamamento nas culturas de inverno e danos na infraestrutura geral, como destelhamentos de residências e galpões, além de bloqueio de estradas. A pesca teve afundamento de embarcações e danos no cultivo de moluscos. O evento já é considerado o pior desastre com ventos da história de Santa Catarina.

Para esta terça-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitiu alerta para regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, incluindo a Campanha, Vale do Itajaí, Campos de Cima da Serra, Planalto Médio, Missões, Alto Uruguai e Litoral. Há risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos.

Já na quarta-feira, o ciclone deve se deslocar para o oceano, levando a chuva forte e rajadas de vento com mais de 80 quilômetros por hora entre o litoral norte do Rio Grande do Sul e litoral sul de Santa Catarina, com risco para ressaca.