Depois dos temporais intensos que atingiram o meio-oeste de Santa Catarina, o verão começou nesta segunda-feira, às 7h02, com a frente fria avançando para o Sudeste conforme previsto desde a semana passada. Há previsão de chuva forte no estado de São Paulo, principalmente no Vale do Ribeira, região produtora de banana, nas próximas 24 horas.
A partir desta terça-feira, 22, o sistema fica mais próximo do Rio de Janeiro e ao longo da Zona da Mata de Minas Gerais, em áreas de café, e vai estacionar por mais de uma semana.
“Teremos uma invernada com chuva forte e temperaturas mais baixas em Minas, e logo mais essa invernada se espalha em áreas produtoras da Bahia, Goiás, Tocantins e Mato Grosso”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
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Essas chuvas aumentam a umidade no solo, mas vão dificultar os trabalhos em campo. A condição permanece até a quarta-feira da semana que vem, dia 30 de dezembro. O volume varia de 125 a 150 milímetros na Zona da Mata de Minas Gerais e também entre o sudeste de Goiás e o noroeste do estado. Há também previsão de volumes altos no Matopiba, Rondônia, boa parte de Mato Grosso e sul do Pará.
Por outro lado, esta semana será menos chuvosa em Mato Grosso do Sul e no Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que foi afetada pelos temporais do último fim de semana.
Chuva nos últimos dias
Os temporais atingiram em cheio desta vez o meio-oeste de Santa Catarina, com 175 milímetros nos últimos três dias em Maravilha, 155 milímetros em Xanxerê e 120 milímetros em Chapecó. Essa chuva representa mais do que o esperado para todo mês em alguns locais e pode provocar erosão no solo em áreas rurais.
Também choveu forte em áreas de café de Patrocínio, Minas Gerais, com 165 milímetros em três dias e também choveu forte no sudeste do Pará, em Santana do Araguaia, com 105 milímetros.
Na semana que vem a chuva vai permanecer entre o Sudeste e Centro-Oeste, além de parte do Paraná. “Essa permanência da chuva em Minas Gerais pode trazer sérios problemas, já que o estado é a bola da vez da concentração de instabilidades”, diz Oliveira.
